Obrigado, Obrigado, Obrigado!

Pedro Correia, Diocese de Setúbal

Amigo, amiga, se Deus te chama pelo nome significa que, para Ele, nenhum de nós é um número; mas é um rosto, é uma cara, é um coração”. Foram estas as palavras que o Papa Francisco proferiu na Cerimónia de Acolhimento, no dia 03 de agosto de 2023, em Lisboa.

De modo especial, a Jornada marcou muito a minha caminhada de fé, como a de tantos milhares de jovens, e menos jovens, de todo o mundo. Mas estas palavras ecoaram de um modo especial aqui dentro. São aquelas palavras que quando voltas a ler sentes sempre aquele arrepio e que há algo de único e especial dentro de Ti.

Pedro Correia, 23 anos, Paróquia de Vale de Figueira, Diocese de Setúbal. É esta a forma pela qual Deus me chama, não através de um número, mas sim de um nome que há cerca de 3 anos foi chamado para aceitar o desafio de participar na missão de acompanhar os jovens, como eu, na Diocese de Setúbal.

Nessa altura integrei o Departamento da Juventude, que pouco depois veio a acolher a estrutura do COD (Comité Organizador Diocesano) no seu seio. Nessa altura, olhando para a “JMJ 2022” bem longe, vivendo uma pandemia e com um olhar sobre o desconhecido, começavam a surgir as primeiras reuniões e os primeiros desafios. Lembro-me de meses depois, num momento de oração, estar a olhar para a minha vida, para uma estrutura diocesana que tinha de nascer, para um conjunto de solicitações que começavam a chegar às paróquias, e pensar “Certamente não é aqui que Deus me quer, a viagem ainda nem a meio vai, e já não me sinto capaz”. Enquanto isso, um conjunto de irmãos e irmãs, de bom coração, caminhavam ao meu lado e muitas vezes eram o sinal de esperança e de confirmação que o Senhor enviava para a minha vida. Sempre que estive em momento de fracasso e cansaço, o Deus infinito de bondade e misericórdia, colocava sempre alguém no caminho para me dar a mão.

E que bom que foi! O meu primeiro OBRIGADO é para este DEUS! Obrigado por me ajudares a persistir e por não ter abandonado a Tua Vinha. A cada momento íamos ficando mais perto da JMJ e do Teu coração. Percorremos “Sentidos 23”, “Peregrinação dos Símbolos”, “Dias Mundiais da Juventude”, “Orações e Vigílias”, “Retiros e Encontros”, “Festivais de Música Católica”, “Via Sacra e Via Lucis” e “Reuniões de Ciclos sem fim”….

Ufa, que viagem longa… mas que viagem INCRÍVEL! E por tudo isso, OBRIGADO!

 

Ao mesmo tempo que essa viagem ia acontecendo a grande velocidade, nas paragens ia existindo tempo para acompanhar a viagem paroquial, que acontecia em paralelo. Essa viagem, sem dúvida, das mais significativas. Se a Jornada foi tão marcante para mim, também é porque Deus abençoou esta comunidade paroquial. A Paróquia de Vale Figueira é consagrada ao Imaculado Coração de Maria, não sei se por “Deuscidência” na relação com o Lema que íamos rezando da JMJ, se por outra razão divina, o certo é que vivemos tempos, e continuamos a viver, como nunca vivemos. O Envolvimento da Comunidade Paroquial, do meu querido Padre Afonso Liberal, dos meus meninos do COP (Gonçalo, Margarida e a Clara), e todos aqueles (voluntários e benfeitores) que gostaria de chamar pelo nome para lhes poder dizer “És um Rosto, És uma Cara, És um coração querido para Deus”, ajudaram a que mais de 1000 jovens, do povo brasileiro, pudessem se sentir em casa e viver este grande encontro com Deus. O meu segundo OBRIGADO, é para todos estes rostos que foram luz e esperança, no meio de tantos choros (acreditem que foram muitos) e grandes desafios como nunca tínhamos vivido, que perseveraram e não desistiram de trabalhar neste vinha do Senhor! Todos foram convidados e aceitaram o convite… TODOS! TODOS! TODOS!

 

Chegámos à Jornada, com um coração carregado de incertezas, medos, anseios, mas com uma esperança gigante de que tudo iria correr bem. Recordo-me de no dia 30 de julho, víamos os primeiros peregrinos a chegar, e ao mesmo tempo muitos estavam ainda a arrumar a casa – É à Casa Portuguesa! É o nosso querido e amado Portugal!

No dia 03 de agosto, carregado de uma grande responsabilidade vicarial e paroquial que não me deixava descansar, depois da catequese Rise Up da minha paróquia, encontro uma senhora muito querida da comunidade, e não estando nos planos da maior parte dos voluntários ir para Lisboa ver o Papa, disse algo como  “Pedro, nem penses não ir ver o Papa hoje. A JMJ não pode ser só trabalho. Fala com os teus amigos e amigas e vão acolher o Papa”. Senti que Deus enviou-me aquele sinal, naquela hora e naquele lugar, para que nos deixássemos de olhar para nós, para as nossas preocupações e anseios para que tudo corresse bem, para voltarmos a alinhar o olhar para Deus.

 

Chegámos à Colina do Encontro, e o confronto com “milhares de jovens vindos de tantos lugares”… Tinha ouvido este testemunho em tantos irmãos e irmãs que já tinham participado em jornadas, mas nunca pensei que o sentimento interior fosse assim tão grande. “Jesus Christ, you are my life”, a música que ecoava no recinto no momento da nossa chegada, a música que une tantas vozes e com uma verdade tão grande e impactante – Jesus Cristo, Tu és a MINHA VIDA!

Chorei, ri e muito GRITEI “Esta é a juventude do Papa”! É Esta a minha Juventude! É nesta juventude que Deus me chama a viver com Ele e para Ele.

O meu último OBRIGADO é pela oportunidade de viver a experiência e a alegria em Cristo! É por poder encontrar-me com Ele. Que seja esta Juventude da Igreja, a luz e a esperança do amanhã.

 

E agora? Agora é tempo de deixar os smartphones, os likes nos stories e nos tiktoks das mensagens do Papa, e seguir para a Vinha, trabalhar com Alegria e Entusiasmo chamando pelo nome, toda esta que é a Juventude do Papa – A Juventude da Igreja – A Juventude onde cabem TODOS, TODOS, TODOS!

 

Obrigado. Obrigado. Obrigado.

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