JMJ Lisboa: Igreja do Corpo Santo vai ser «a casa de oração» até 2022

D. Américo Aguiar falou sobre o trabalho de preparação que está a ser desenvolvido

Lisboa, 08 jul 2019 (Ecclesia) – D. Américo Aguiar, coordenador-geral do Comité Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude 2022 (JMJ) em Lisboa, disse hoje que estão a preparar “um espaço de celebração”, para os próximos três anos na igreja do Corpo Santo.

“Será um espaço consagrado de modo muito especial a todos estes três anos de caminhada até à Jornada Mundial da Juventude e que será a casa de oração, o coração de oração”, afirmou em entrevista à Agência ECCLESIA.

D. Américo Aguiar adianta que a igreja do Corpo Santo, perto do Cais do Sodré em Lisboa, vai ser o local onde os Comités Organizadores Diocesanos e de cada movimento, congregação e instituto religioso e grupo de jovens vão ser “chamados e escalonados para terem presença amiga e orante” durante os próximos três anos.

O Patriarcado de Lisboa, adianta o também bispo-auxiliar desta diocese, está a trabalhar para que exista “um espaço burocrático” que vai funcionar em São Vicente de Fora, “pelo menos, até às vésperas” do encontro mundial de jovens, depois haverá um espaço cedido pela Câmara Municipal de Lisboa onde “serão concentrados todos os serviços das centenas de jovens internacionais voluntários que trabalharão connosco”.

O responsável pela área logística-operativa da JMJ 2022, acredita que a sociedade portuguesa está cada vez mais envolvida na Jornada Mundial da Juventude 2022 e afirma que não se pode “deixar esmorecer”, uma vez que depois do anúncio, a 27 de janeiro, “já passou algum tempo, mas as coisas têm de ser feitas com o seu tempo, com crescimento normal”.

“Temos trabalhado junto de muitas instituições e pessoas singulares, de famílias e de paróquias, e há uma grande expectativa, mesmo entidades que não têm nada a ver connosco, mesmo os nossos irmãos de outras confissões religiosas temos sentido grande disponibilidade e desejo de ser presença”, desenvolveu.

D. Américo Aguiar realça que o evento é a Jornada Mundial da Juventude, isto é, “de toda a juventude”: “De aqueles que em espírito e verdade se respeitam, respeitam os outros e se encontram para testemunhar os melhores valores que a humanidade tem e quer testemunhar.”

Foto: Agência Ecclesia/CB

Desde 27 de janeiro, quando foi anunciado que Lisboa vai receber a JMJ 2022 foi criado o Comité Organizador Local (COL), presidido pelo cardeal-patriarca e com dois coordenadores-gerais, D. Joaquim Mendes e D. Américo Aguiar, que tem feito um trabalho, “acima de tudo, de bastidores”, onde “todas as dioceses estão convidadas” e “todos os portugueses estão convocados, dos 8 aos 80”.

O bispo auxiliar de Lisboa sublinhou a importância do anúncio dos temas para as Jornadas Mundiais da Juventude, duas edições diocesanas, em 2020 e 2021, e “concentração mundial” em 2022.

A 37.ª JMJ (edição portuguesa) vai ter como tema ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ (Lc 1, 39); No próximo ano, o tema da celebração a nível diocesano é ‘Jovem, eu te digo, levanta-te!’ (Lc 7, 14) e, em 2021, “Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste!” (At 26, 16).

“Maria pôs-se a caminho junto das necessidades do outro, é isso que o Papa nos pede, nós jovens sejamos sensíveis de nos colocarmos imediatamente a caminho daquilo que são as necessidades dos outros. E todos os dias vemos como são urgentes pôr-nos a caminho dos irmãos e das irmãs nas necessidades da vida”, comentou D. Américo Aguiar.

Outro trabalho que está a ser feito e que “será visível dentro de pouco tempo” é o anúncio do concurso do logotipo e do hino da JMJ, uma vez que o COL quer “antecipar todas estas ofertas”.

“Para que se possa criar corpo cada vez mais sincronizado e maior comunhão e o hino ajuda muito a fazer isso, bem como a produção de materiais como o logo da JMJ 2022”, referiu, adiantando que vão decidir se o concurso vai ser nacional ou internacional.

A organização pretende uma JMJ verde, “sem plástico, por exemplo”, para que “seja ícone, seja uma referência, um marco para tudo aquilo que possa desenvolver e colocar ao serviço de todos” e uma aposta nos países lusófonos, que “seja uma marca”.

No Domingo de Ramos do próximo ano, a 5 abril de 2020, o patriarcado recebe os símbolos da jornada, a cruz e o ícone de Maria, e “há o desejo profundo que possam circular por alguns países” lusófonos.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

PR/CB

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Agência ECCLESIA

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