Europa: Ministro francês condena ataques contra igrejas cristãs

Fundação Ajuda à Igreja que Sofre alerta que intolerância na sociedade francesa está a aumentar

Lisboa, 24 jan 2022 (Ecclesia) – O ministro do interior francês, Gérard Darminin, condenou os ataques que, desde o início de 2022, têm acontecido em várias igrejas do país, manifestando a sua solidariedade e a necessidade de reforço de “meios de segurança”.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, através de comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, dá conta que o ministro francês classificou como “inaceitáveis” estas ocorrências.

Gérard Drminin afirmou que, como governante, tem a missão de “proteger” os locais de culto, “não só de atos criminosos como também de terrorismo, afirmando que irá reforçar os meios necessários, através de «câmaras de segurança nos locais de culto», de forma a «combater o terrorismo»”, pode ler-se no comunicado.

De acordo com as autoridades francesas, desde o início de 2022, registaram-se uma dezena de casos de vandalismo e de profanação em Igrejas.

“Desde o início do ano foram já registadas várias ocorrências em igrejas um pouco por toda a França, nomeadamente nas igrejas de Saint-Pierre, em Bondy, de Saint-Germain-l’Auxerrois, em Romainville, na de Sainte-Thérèse, em Poitiers, e ainda na de Saint-Germain de Vitry-sur-Seine”, indica.

O comunicado dá conta de um assalto a Saint-Germain de Vitry-sur-Seine onde para além de danos materiais, foram roubadas hóstias consagradas, tendo este acontecimento provocado “grande sofrimento” na comunidade.

“Na parte de trás da igreja, os três sacrários foram arrombados, incluindo aquele onde o Santíssimo Sacramento era mantido. A degradação de bens materiais, o roubo de doações, é claro que é algo sério, mas a profanação do corpo de Cristo… O que eles farão com isso?”, lamentou o padre Joseph Lokendandjala, responsável da comunidade.

No relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo 2021, a FAIS dá conta que com os ataques terroristas de inspiração islâmica levaram o Governo a regulamentar ainda mais áreas da vida relacionadas com religião ou crença.

“O crescente anti-semitismo e a elevada incidência de atos anti-cristãos nos últimos dois anos são sinais de que a tolerância da sociedade está a deteriorar-se. Como o Governo procura conter a maré do extremismo e a falta de integração social com uma legislação abrangente, os direitos fundamentais de todos os crentes poderão ser postos em causa num futuro próximo”, pode ler-se.

LS

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