Brasil: Rádios Educativas levam «informação e formação» a comunidades afastadas

Sol Sem Fronteiras tem projeto de cooperação para ajudar a renovar equipamentos 

Lisboa, 12 out 2022 (Ecclesia) – O padre Hugo Ventura, Missionário do Espírito Santo e Raquel Carreira, da ONG Sol Sem Fronteiras, visitaram as rádios educativas no Marajó, no Brasil, e contaram à Agência ECCLESIA a importância do projeto que leva “companhia” e informação e a necessidade de renovar equipamentos.

“As Rádios Educativas é uma iniciativa da Igreja do Brasil, no coração da Amazónia, é uma forma que a Igreja e a sociedade local encontraram para transmitir educação, formação, valores e evangelização; estas rádios estão espalhadas em locais isolados”, explica o padre Hugo Ventura.

O missionário do Espírito Santo viveu alguns anos no coração da Amazónia, “em zonas onde a rede dos telefones não chegava” e percebeu a importância das rádios.

“Lá havia uma rádio educativa e aí passavam programas de formação e informação e senti na pele como era importante, viajando pelo rio Amazonas percebemos que não há redes de telemóvel, só a frequência da rádio é a única forma de cruzar as florestas e rios e chegar a casa das pessoas, é um projeto excecional de querer chegar a todos”, refere. 

Através do bispo da diocese Ponta de Pedras, D. Teodoro Tavares, “também ele espiritano” chegou o apelo para ajudar estas rádios, “por ser da mesma família”.

“Estivemos lá recentemente um grupo de 11 pessoas e foi uma excelente oportunidade de conhecer e perceber a dificuldade que é não conseguir comunicar, muitas vezes não há rede, as rádios são essenciais para chegar às pessoas”, explica Raquel Carreira, da ONG Sol Sem Fronteiras (Solsef).

A jovem, que já tinha visitado anteriormente as rádios no Marajó, contou à Agência ECCLESIA que os “equipamentos são antigos e há a necessidade de renovação”, sendo agora um dos projetos de cooperação internacional da Solsef.

“Com este projeto a ideia é equipar as quatro rádios e fazer manutenção das antenas mas também arranjar algumas medidas de auto sustentabilidade para não precisarem de apoio subsequentes, depois ainda há a ideia de construção de um auditório para haver formações”, indica.

Raquel Carreira partilha que as rádios educativas funcionam com um ou dois colaboradores e um conjunto de voluntários, “que vão assumindo diferentes programas”. 

“As rádios dão informação, passam todos os dias o jornal, tem muita informação cultural, que pretende dar a conhecer e manter a história do Marajó, tem programas de formação, por exemplo para os pescadores, com questões muito práticas do dia a dia, também na pandemia foi muito importante dar as informações para as pessoas ficarem em casa, e todos os cuidados a ter, e essa informação só chegava ao Marajó através da rádio”, conta.

A entrevista integra o programa de rádio ECCLESIA na Antena 1 da rádio pública, neste sábado, pelas 06h00, ficando depois disponível online e em podcast.

SN

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