Vaticano: «Na fase final da vida deve ser dada primazia ao acompanhamento da pessoa doente» – Presidente da Academia Pontifícia para a Vida

Responsável sublinhou rejeição da eutanásia

Cidade do Vaticano, 03 nov 2021 (Ecclesia) – O presidente da Academia Pontifícia para a Vida (Santa Sé), D. Vincenzo Paglia, defendeu o acompanhamento da pessoa doente em fase terminal da vida.

“Nas fases terminais da vida, deve ser dada primazia ao acompanhamento da pessoa doente, ao cuidado. E há maneiras de fazer isso, bem diferentes das práticas de eutanásia, que se gostaria de pôr em prática por “praticidade”, e certamente não por humanidade”, divulgou hoje a Santa Sé.

O presidente da Academia Pontifícia para a Vida participou no Congresso sobre o tema “Tecnologia e o fim da vida: o primado do acompanhamento”, apelando ao “necessário diálogo entre os profissionais de saúde e a pessoa doente”, uma vez que o “primeiro tem a competência” e a pessoa enferma “tem a palavra decisiva no que diz respeito à sua própria saúde e às intervenções médicas em seu corpo”.

“Será necessário fornecer a informação mais completa possível, uma comunicação aberta e um diálogo colaborativo tanto com a equipa de tratamento como com os entes queridos que acompanham o paciente”, acrescentou.

Para D. Vincenzo Paglia o “não” à eutanásia é “claro e taxativo”, apontando à necessidade de “dar novo espaço às relações e à escuta das emoções, que expressam a dimensão propriamente humana da morte’”.

“Valorizar a fase terminal, como na instância original de Cuidados Paliativos, significa introduzir o tempo de morrer no campo das relações, para ajudar a vivê-lo no sentido que uma pessoa pretende dar para a conclusão de sua vida”, referiu.

O colaboradora do Papa apontou ainda que “é dever dos crentes, das pessoas de boa vontade, que sinceramente se fazem próximas do seu próximo” que possam “tomar uma posição pública  contra as pressões de vários tipos que estão sendo feitas para reduzir o paciente terminal a um conjunto de funções biológicas ineficientes”.

“Não desvalorizar o tempo do morrer, mas aprofundar o seu significado para cada pessoa e para toda a comunidade”, concluiu.

SN

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