«Vai ser um 31»: Uma Páscoa, duas celebrações

Carlos Borges, Agência Ecclesia

 

O título deste artigo não é uma espécie de imitação da solução governativa, que aposta numa legislatura com dois presidentes na Assembleia República. Esta é uma realidade que este ano não se realiza para mim, não vou à Páscoa na aldeia. Já sobre a duração da atual legislatura o futuro o dirá.

Tenho o privilégio de ter raízes entre o Douro, o rio, o Marão, a serra, e da Páscoa ser celebrada em dois dias diferentes. Em Sanhoane (Santa Marta de Penaguião), na terra do meu pai, celebram hoje o Domingo de Páscoa, na aldeia da minha mãe também. Mas, na Ermida do Marão, aldeia do Peso da Régua, o compasso e a Missa de Páscoa, o som das campainhas, o estalar dos foguetes, as pessoas pelas ruas e a música da Tuna de Soutelo, a comida no forno, só são realidade esta segunda-feira.

Pedi ajuda à Inteligência Artificial (AI) para escrever este «Vai ser um 31». Selecionei algumas palavras-chave e foi tudo para a misturadora. O resultado está na caixa.

AI: Uma Páscoa, duas celebrações

A Páscoa, para muitos, é sinónimo de tradição e fé. No entanto, em certas regiões como o Douro e Marão, essa data assume um significado ainda mais profundo, mesclando elementos da religiosidade popular com manifestações culturais únicas.

Nessas terras, a chegada da Páscoa é marcada pelo ritual do Compasso Pascal, onde o padre visita as casas acompanhado do compasso, levando as bênçãos e anunciando a ressurreição de Jesus. É um momento que une família e amigos, fortalecendo os laços de comunidade em cada aldeia.

A religiosidade popular se entrelaça com tradições seculares, como o anúncio de casa em casa e o estampido dos foguetes, anunciando a alegria pela ressurreição. As tunas rurais do Marão, com sua música característica, ecoam pelos vales, enchendo o ar de júbilo e celebração.

Mas a Páscoa não é apenas religião. É também uma festa que promove a convivência e a amizade. Após as celebrações na igreja, é comum que as comunidades se reúnam em um grande baile, onde todos, jovens e idosos, se divertem ao som da música e compartilham a alegria da fé renovada.

Para muitos, a Páscoa é mais do que uma simples data no calendário religioso. É o momento de renovar a fé na ressurreição de Jesus, de celebrar a vida e a esperança. É o tempo de dizer “Aleluia” com fervor e de participar da missa com devoção, lembrando-se do sacrifício e da vitória do Cristo ressuscitado.

Assim, a Páscoa no Douro e Marão é uma experiência única, onde tradição e modernidade, religiosidade e cultura, se entrelaçam para criar uma celebração inesquecível, que alimenta o corpo e a alma daqueles que a vivenciam.

“Aleluia, aleluia, Cristo Ressuscitou”, este é o anúncio que, na aldeia ou na cidade, se faz ouvir por todo mundo, a partir deste domingo.

Carlos Borges

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