Saúde/Mundo: Missionários atingidos pelo vírus Ébola

Lisboa, 06 jul 2014 (Ecclesia) – O vírus Ébola vitimou um religioso, infetou um sacerdote espanhol da Ordem Hospitaleira São João de Deus, e duas missionárias africanas, na Libéria, noticiou a Agência Fides.

“A Ordem já comunicou esta informação aos ministérios das Relações Exteriores e da Cooperação, e da Saúde da Espanha", informou a Ordem Hospitaleira São João de Deus que explica que “o hospital foi fechado e seis pessoas estão isoladas”.

O padre Miguel Pajares vai ser repatriado para Espanha.

As duas missionárias, Chaontal Mutwamene e Paciencia Melgar, são respetivamente do Congo e da Guiné, revela a Agência Fides.

Os sintomas do Ébola manifestam-se através de febre, vómitos e diarreia e desde a sua descoberta, em 1976, matou dois terços das pessoas infetadas.

O Frei Pascal Ahodegnon, conselheiro geral responsável da ordem religiosa para a África, explicou que “as autoridades isolaram todas as repartições públicas e também o hospital para realizar as operações de desinfestação”.

Segundo o responsável, neste momento, são necessários “desinfetantes, luvas e máscaras para proteger quem trabalha, para além de soros e anticoagulantes para reidratar os pacientes e deter as hemorragias”.

O conselheiro geral da Ordem Hospitaleira São João de Deus prestou declarações no seguimento da morte de frei Patrick Nshamdze, que contraiu o vírus ébola.

O religioso natural dos Camarões, era há dois anos o diretor do hospital São José, na Monróvia, capital da Libéria, que pertence à Ordem Hospitaleira.

O responsável acrescentou que a Libéria, apesar de isolada, mantem a “assistência” da congregação religiosa.

Um médico e uma missionária norte-americanos, respetivamente Kent Brantly e Nancy Writebol, contraíram o vírus do Ébola na Libéria contraído o vírus do Ébola já se encontram nos Estados Unidos da América (EUA) em tratamento, no Emory University Hospital de Atlanta.

O antivírus foi desenvolvido pela empresa de biotecnologia Mapp Biofarmacêutica e ainda não tinha sido testado em humanos apenas em macacos e com sucesso.

Segundo a farmacêutica, o composto é um anticorpo monoclonal obtido a partir de ratinhos expostos a fragmentos do vírus.

A Agência Fides revela que em Washington, capital dos EUA, realiza-se o primeiro encontro africano com os EUA e screenings “ad hoc” com mais de 50 Chefes de Estado e de Governo.

“Até os Serviços Secretos que controlam a segurança do Presidente e da Casa Branca, foram instruídos sobre o risco do Ébola”.

Na Serra Leoa foram proibidos os jogos de futebol para evitar multidões e na Libéria os corpos das vítimas do Ébola “são queimados para evitar a difusão da infeção”.

Segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde já morreram 887 pessoas na África ocidental, sobretudo na Libéria, Serra Leoa e República da Guiné onde foram notificados 1603 casos.

Fides/CB

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