Projecto «Igreja Solidária» está no terreno

Fundo do atingiu 175 mil euros, em menos de um mês. Patriarcado espera ajudar a criar cerca de 500 microempresas O Projecto Igreja Solidária foi apresentado no passado dia 17 de Abril, no Centro de Espiritualidade do Turcifal a mais de 150 representantes de Instituições de Solidariedade Social da região de Lisboa. “Urge organizar as nossas ajudas” foi o repto lançado no início do encontro pelo Cónego Francisco Crespo, Director da Pastoral Socio-Caritativa do Patriarcado de Lisboa e responsável pelo Gabinete Coordenador do Projecto. Ser capaz de trabalhar em rede, dando e pedindo ajuda para resolver os problemas e necessidades, cada vez maiores, é o desafio deste Projecto. “Trata-se de aproveitar as capacidades instaladas que, se optimizadas, podem ainda fazer mais e melhor para ajudar neste momento as pessoas em situação de necessidade, mas trata-se também de ir mais além procurando respostas que permitam a autonomização destas pessoas”, refere Henrique Joaquim, professor de Serviço Social na Universidade Católica e membro do Gabinete Coordenador, sublinhando o papel deste Gabinete enquanto entidade que pretende reforçar as Instituições no momento em que precisam de mais recursos para fazer face a novos desafios resultantes da actual crise. Com apenas três semanas de existência, o fundo do Projecto Igreja Solidária atingiu já os 175 mil euros, o que demonstra o reconhecimento da relevância da iniciativa do Patriarcado de Lisboa. Entre as entidades que contribuíram para o Projecto estão Particulares, Cáritas Diocesana, Fundação Montepio e o BES. Durante o encontro foi ainda apresentado o Regulamento do Projecto e o Protocolo estabelecido com o BES para atribuição de uma linha de microcrédito para criação de microempresas para serviços de proximidade. Através desta iniciativa estima-se que se poderão criar cerca de 500 microempresas. O Projecto pretende também, em colaboração com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, criar postos de trabalho. De acordo com o levantamento feito, as Instituições necessitam neste momento de cerca de 2000 pessoas para reforçar os seus serviços, mas só poderão avançar para a sua contratação, caso tenham o apoio do Estado, nomeadamente, através do reforço dos acordos de cooperação já existentes. O Secretariado do Projecto é uma realidade, contando com uma equipa de voluntários das áreas de gestão, informática e comunicação que estão, por um lado, a criar o sistema de gestão do projecto, que estará acessível já em Junho; por outro, a definir um plano de comunicação que mobilize a sociedade portuguesa em torno da iniciativa, quer com donativos, quer na procura e partilha de novos modelos de solidariedade. “Solidariedade criativa” é o que se pretende, como concluiu Cónego Francisco Crespo, convidando toda a comunidade no final do encontro a participar no Simpósio que se realizará neste dia 15 de Maio sob o tema “Reinventar a Solidariedade”, no Centro de Congressos de Lisboa.

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