Porto: Diocese recordou «exemplo de fidelidade» e «espontânea bondade» de D. António Francisco dos Santos

Durante a missa dedicada ao 30.º dia do falecimento do bispo

Porto, 12 out 2017 (Ecclesia) – A Diocese do Porto assinalou esta quarta-feira o 30.º dia do falecimento de D. António Francisco dos Santos, numa missa presidida na Sé local pelo bispo auxiliar D. Pio Alves.

Na sua homilia, enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. Pio Alves enalteceu o “estimulante exemplo de fidelidade” deixado pelo antigo bispo do Porto, que morreu no dia 11 de setembro, vítima de um ataque cardíaco.

Um homem que “com a sua espontânea bondade”, expressou enquanto “seminarista, sacerdote e bispo”, a lufada de “ar fresco” que trouxe o Concílio Vaticano II.

Um acontecimento que viveu ainda como “jovem estudante de Teologia” e que teve como figura impulsionadora o Papa João XXIII.

Esta quarta-feira dava-se a coincidência de se assinalar precisamente a memória litúrgica de S. João III e também, na cidade do Porto, a solenidade de Nossa Senhora de Vandoma.

“Falando humanamente, D. António estará feliz com esta dupla coincidência”, disse D. Pio Alves, lembrando a devoção que o bispo expressava em relação à “Virgem Maria”.

O último grande evento que D. António Francisco dos Santos presidiu, antes da sua morte aos 69 anos, foi a peregrinação da Diocese do Porto ao Santuário de Fátima, no dia 9 de setembro.

“A Virgem Maria – de Vandoma, da Assunção, dos Remédios, de Fátima – alimentou o seu mundo de afetos. Porque é Mãe de Jesus Cristo: Mãe de Deus. Porque é a outra Mãe que amplia, de modo inefável, os laços que o prendiam, de modo singular, à mãe que o deu à luz”, lembrou o bispo auxiliar do Porto.

D. Pio Alves recordou ainda a mensagem “Temos mãe!”, que o Papa Francisco deixou em Fátima, nos dias 12 e 13 de maio.

“Agora, D. António sabe, com a certeza da visão e do amor, que temos Mãe. Nós, por cá, continuamos a caminhar à luz da fé e movidos pela esperança”, salientou.

A missa do trigésimo dia de D. António Francisco dos Santos teve por isso o tema simbólico da “Virgem Maria, Mãe da Santa Esperança” e invocou também a mensagem que o bispo deixou na sua última homilia, na peregrinação diocesana a Fátima:

“Igreja do Porto: Vive esta hora, que te chama, guiada pelas mãos de Maria, a ir ao encontro de Cristo e a partir de Cristo a anunciar com renovado vigor e acrescido encanto a beleza da fé e a alegria do Evangelho. Viver em Igreja esta paixão evangelizadora é a nossa missão. A vossa e a minha missão!”.

“Não é este o lugar nem o momento para traçar perfis biográficos. Mas não é difícil descobrir na vida do Senhor D. António Francisco muitos dos traços que a celebração de hoje nos sugere”, completou D. Pio Alves.

JCP

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