Papa condena «atentado gravíssimo» no Iraque

Bento XVI aponta o dedo à «violência absurda» que deixou mais de 50 mortos em catedral de Bagdad

Bento XVI condenou esta Segunda-feira o “atentado gravíssimo” que vitimou mais de 50 pessoas na Catedral siro-católica de Bagdad, no Iraque, alvo de um grupo terrorista.

A igreja foi tomada de assalto e os fiéis presentes feitos reféns, situação que terminou em tragédia aquando da intervenção de forças de segurança iraquiana, com a morte de pelo menos 58 pessoas, entre as quais várias mulheres e crianças.

“Rezo pelas vitimas desta violência absurda, tanto mais feroz quanto atingiu pessoas indefesas, recolhidas na casa de Deus, que é casa de amor e de reconciliação- disse o Papa a milhares de pessoas reunidas no Vaticano, para a recitação do Angelus.

Bento XVI manifestou a sua “proximidade afectuosa à comunidade cristã” no Iraque, de novo atingida pela violência, encorajando “os pastores e todos os fiéis a serem fortes e sólidos na esperança”.

“Perante os episódios atrozes de violência que continuam a dilacerar as populações do Médio Oriente, desejaria renovar o meu premente apelo em favor da paz: ela é dom de Deus, mas é também o resultado dos esforços dos homens de boa vontade, das instituições nacionais e internacionais”, precisou.

O Papa deixou votos de que todos “unam as suas forças para que acabe todo o tipo de violência”.

Segundo o ministério iraquiano do Interior, na troca de disparos que se seguiu à invasão da Catedral pelos comandos, morreram pelo menos 46 fiéis, sete operacionais das forças de segurança e cinco presumíveis terroristas.

Outras 60 pessoas ficaram feridas, duas dezenasdos quais se encontram em estado considerado grave.

Dois dos terroristas ter-se-ão suicidado no decurso da tomada de assalto, accionando cargas explosivas.

Em declarações à agência France Presse, o bispo auxiliar caldeu de Bagdad, Shlemon Warduni, confessou-se “invadido por um imenso sentimento de tristeza”.

“É desumano. Nem os animais se comportam assim entre si”, lamentou o bispo, perante o cenário de devastação na Catedral de Nossa Senhora da Salvação.

Fontes da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) no Iraque afirmam que entre os mortos estão três jovens padres, que presidiam à Missa dominical.

Wasim Sabieh e Thaier Saad Adbal morreram durante o ataque e o um terceiro sacerdote, o padre Qatin, acabaria por falecer no hospital, vítima de ferimentos.

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