Moçambique: Representante diplomático do Papa pede manutenção de diálogo político, após morte de Afonso Dhlakama

Núncio Apostólico em Maputo lamentou morte do líder da RenamoMaputo, 07 mai 2018 (Ecclesia) – O representante diplomático da Santa Sé em Moçambique, D. Edgar Peña Parra, manifestou o seu pesar pela morte de Afonso Dhlakama, líder da Renamo, e deixou votos de que Governo e oposição mantenham o diálogo político pela paz.

“Temos de reafirmar a vontade política, de todos os moçambicanos, de todos os líderes em Moçambique, tanto do Governo como da parte da oposição, de continuar neste caminho para conseguir uma paz duradoura, efetiva no país”, declarou ao portal de notícias do Vaticano.

Afonso Dhlakama morreu na quinta-feira, aos 65 anos de idade, na Serra da Gorongosa, devido a complicações de saúde.

O núncio apostólico em Maputo destacou o papel de “interlocutor principal” de Dhlakama nas conversações de paz com o presidente da República, Filipe Nyusi.

“Recebemos a notícia [do falecimento] com muita tristeza, porque se tratava de uma figura pública importante no país, pelo facto de ser o líder de um partido importante da oposição”, assinalou o núncio apostólico.

Para o responsável diplomático, a paz continua a ser uma prioridade política.

“A morte do senhor Dhlakama não pode ser a morte dos diálogos, não pode ser a morte da paz, porque o país, hoje mais do que nunca, hoje precisa de paz para poder progredir”, sustenta D. Edgar Peña Parra.

O líder da oposição e o presidente de Moçambique tinham divulgado, em fevereiro, um acordo acerca da descentralização do poder, permitindo a eleição de autoridades regionais e locais.

OC

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