«Laudato si»: Bispo de Bragança-Miranda elogia proposta de «ecologia integral e global»

Diocese refletiu sobre as diferentes perspetivas da nova encíclica

Bragança, 26 jun 2015 (Ecclesia) – A Diocese de Bragança-Miranda promoveu uma sessão de apresentação e reflexão sobre a encíclica ‘Laudato Si – sobre o cuidado da casa comum’, na qual o bispo local, D. José Cordeiro, elogiou a proposta de ecologia “integral” do Papa Francisco.

“Termos as várias perspetivas tal como a encíclica propõe ser uma ecologia integral e global e, de um modo especial, uma ecologia humana, de uma maneira tão surpreendente, com tanta gente na casa episcopal, é caso para dizermos – Louvado sejais Senhor”, observou o bispo de Bragança-Miranda, divulga o jornal diocesano ‘Mensageiro de Bragança’ na sua mais recente edição, enviada à Agência ECCLESIA.

A diocese transmontana foi a primeira em Portugal a promover um evento para a refletir sobre o documento papal, coincidindo com o dia em que a encíclica ‘Laudato Si’ foi apresentada, a 18 de junho.

“É uma alegria, uma honra e ao mesmo tempo uma responsabilidade”, comentou D. José Cordeiro, que revelou não imaginar o tão “grande alcance” do documento.

Para esta sessão a diocese transmontana contou com o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias; Conceição Martins, docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança; o secretário-geral da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás os Montes, Rui Caseiro; o padre Fernando Calado Rodrigues; e o fundador e presidente da plataforma ecológica GEOTA, João Joanaz de Melo.

Este último revelou que vê uma novidade no “ênfase de dedicar” uma encíclica a este tema e “atacar de frente” um assunto que não tem sido considerado como central às “preocupações sociais”.

“É uma clarificação muito profunda da doutrina da Igreja nesta matéria”, acrescentou o presidente da plataforma ecológica GEOTA que considera a encíclica ‘Laudato Si – sobre o cuidado da casa comum “extraordinária” e “merece” ser lida por crentes e não crentes.

Por sua vez, o padre Fernando Calado Rodrigues considera que a o texto do Papa reflete “abertura à esperança” que ainda é possível “reverter” a situação difícil do planeta de “iminente catástrofe”.

O sacerdote da Diocese de Bragança-Miranda destacou que Francisco “faz questão” de alertar que a ecologia “exige” a intervenção de todos e não se “pode dispensar ninguém”.

“Não podemos reduzir a ecologia à proteção do ambiente”, alertou o cronista, que destacou a dimensão da “ecologia integral, humana e social” da encíclica.

MB/CB/OC

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