Igreja/Incêndios: Bispos elogiam onda de solidariedade e «transparência» das organizações católicas

Conselho Permanente da CEP deixou evocação da figura de D. António Francisco dos Santos

Fátima, 12 set 2017 (Ecclesia) – O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) deixou hoje elogios à solidariedade das populações na resposta aos incêndios que atingiram o país este verão.

O secretário da CEP, padre Manuel Barbosa, disse aos jornalistas, no final dos trabalhos, que os bispos católicos mantêm a sua atenção sobre os incêndios que “dizimaram muita gente” e muitos bens, nos últimos meses.

“É uma situação que nos envolve a todos”, assinalou o porta-voz.

No início de julho, a Igreja Católica recolheu donativos nas Missas para o apoio às vítimas dos  incêndios na região centro de Portugal.

O padre Manuel Barbosa sublinhou a generosidade das comunidades católicas e a “solidariedade do povo português”, que contribuíram para a reconstrução de casas e bens, sobretudo nas Dioceses de Coimbra e de Portalegre-Castelo Branco, territórios mais atingidos pelos fogos florestais.

“As Cáritas [diocesanas] têm feito um precioso trabalho, no terreno, e continuam a fazê-lo”, observou.

Para o secretário da CEP, a prioridade é ajudar as pessoas a recuperar a “dignidade” da sua vida, sem que existam “desvios” ou polémicas de qualquer género.

“No que diz respeito às instituições da Igreja, tem havido transparência na comunicação dessa informação”, assinalou o padre Manuel Barbosa, falando dos donativos entregues à Cáritas e à União das Misericórdias Portuguesas.

O sacerdote defendeu rapidez nas respostas, mesmo tendo em consideração as dificuldades naturais no “processo de reconstrução”.

“Não vamos esmorecer esta preocupação, colaborando com todas as entidades”, prosseguiu.

A Conferência Episcopal Portuguesa publicou a 27 abril deste ano a nota pastoral ‘Cuidar da casa comum – prevenir e evitar os incêndios’, onde alertava para o “flagelo” dos incêndios e pedia a toda a sociedade que se mobilize para contrariar uma “chaga” de “proporções quase incontroláveis”.

Os trabalhos do Conselho Permanente da CEP começara com uma palavra de “homenagem” ao falecido bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, recordando a nota publicada a este respeito.

A reunião desta manhã serviu para preparar a assembleia plenária de novembro, na qual vão estar em debate o novo documento orientador para a formação dos sacerdotes, a exortação apostólica pós-sinodal sobre a família e a preparação do Sínodo de 2018, dedicado aos jovens.

O secretário da CEP adiantou que a próxima reunião magna dos bispos católicos se vai concluir a 16 de novembro, em Lisboa, com a inauguração da nova sede da Conferência Episcopal.

OC

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