Igreja: Cabido da Sé de Angra homenageou D. António de Sousa Braga

Cónego Ângelo Valadão convidou a «copiar espírito de pobreza, de partilha, de solidariedade, de amizade»

Foto: Igreja Açores

Angra do Heroísmo, 19 set 2022 (Ecclesia) – O Cabido Catedralício da Sé de Angra homenageou este domingo o seu bispo emérito, D. António de Sousa Braga, que faleceu no dia 23 de agosto, em Lisboa.

“Hoje, o Cabido da Sé Catedral, representado pelos cónegos que puderam estar presentes, quer juntamente convosco, oferecer esta Eucaristia pelo nosso bispo emérito D. António de Sousa Braga”, disse o deão da Sé, informa o portal ‘Igreja Açores’.

O cónego Ângelo Valadão, que é o deão da Sé (o cónego mais antigo da catedral) desde a reativação do cabido por D. António de Sousa Braga, em fevereiro de 2015, destacou o “desprendimento dos bens materiais” e o sentido de solidariedade e de pobreza do bispo emérito.

“Entre as muitas virtudes do bispo D. António sobressaíram as do desprendimento dos bens materiais, do seu espírito de pobreza, de partilha, de solidariedade, de amizade. Nesta homenagem que lhe prestamos procuramos copiar dele estas virtudes cristãs para as quais a palavra de Deus hoje proclamada nos desafia a viver”, desenvolveu.

A partir da liturgia desde domingo, em concreto da passagem do Evangelho de São Lucas, onde Jesus conta a história do “administrador desonesto”, o cónego Ângelo Valadão lamentou que existam muitas pessoas que se dizem cristãos e “utilizam os mesmos esquemas de corrupção, de injustiça para obterem proveitos para si”.

“Há que fazer uma opção, isto é, ou servimos a Deus e por isso servimos os valores do reino – a alegria, a partilha, o amor, a solidariedade e a justiça – ou servimos os interesses de uma sociedade que encontra felicidade no dinheiro, mas que gera a guerra, a ganância, o ódio e a violência, e promove o egoísmo”, acrescentou, assinalando que “Jesus não condena o dinheiro em si mesmo, mas a obsessão, a escravidão com os bens materiais”.

O sítio online ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra, informa que esta Missa na Sé, promovida pelo Cabido Catedralício da Sé, “é o culminar de uma série de homenagens e de celebrações que evocam a memória do bispo emérito”.

D. António de Sousa Braga foi bispo de Angra até 15 de março de 2016, quando, completados os 75 anos de idade, o Papa Francisco aceitaria o seu pedido de resignação, sucedendo-lhe no cargo D. João Lavrador, desde 29 de setembro de 2015, bispo coadjutor com direito de sucessão.

Após a sua resignação quis voltar aos Sacerdotes do Coração de Jesus, ao Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide, onde foi formador e superior da comunidade.

D. António de Sousa Braga faleceu aos 81 anos de idade na sequência de uma paragem cardiorrespiratória, no dia 23 de agosto, numa clínica onde fazia tratamentos diários, em Lisboa; natural da ilha de Santa Maria, nos Açores, foi o 38º bispo de Angra, durante 20 anos.

António de Sousa Braga nasceu a 15 de março de 1941, na freguesia de Santo Espírito, ilha de Santa Maria, nos Açores.

CB

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