Fátima apresenta iconografia sobre os anjos

Inauguração a 9 de Outubro Está para breve a inauguração da exposição sobre iconografia angélica, promovida pelo Santuário de Fátima, no contexto da celebração dos 90 anos das aparições do Anjo. “Sou o Anjo da paz” é inaugurada a 9 de Outubro, pelas 16 horas. A cerimónia iniciar-se-á no auditório do Centro Missionário Allamano, dos Missionários da Consolada, com uma comunicação do Prof. Doutor Luís Casimiro (da Universidade do Porto) subordinada ao tema “Iconografia angélica”, seguindo-se, pelas 17h00, a inauguração propriamente dita da exposição, na sala de exposições temporárias do Museu de Arte Sacra e Etnologia de Fátima. “Sou o Anjo da Paz” está a ser concretizada em parceria com a Comissão de Arte e Património da Diocese de Leiria-Fátima e o Museu Arte Sacra e Etnologia. Após a cerimónia de abertura, a mostra estará patente ao público, até ao dia 1 de Abril de 2007. Poderá ser visitada diariamente, excepto às segundas-feiras, das 10h00 às 17h00. Revisitar Em entrevista à Sala de Imprensa do Santuário, Filomena Martins, colaboradora com o Santuário de Fátima na área da Museologia, fala-nos sobre esta primeira iniciativa que integrará o programa cultural do congresso internacional “Figuras do Anjo revisitadas”, que decorrerá no Centro Pastoral Paulo VI de 10 a 12 de Outubro. 1 – Como se chegou a esta ideia de se colocar em exposição parte da iconografia angélica da Diocese de Leiria-Fátima? A ideia da exposição surgiu enquadrada no projecto alargado do vasto programa concebido pelo padre Armindo para a comemoração dos 90 anos das Aparições. Relativamente a exposições de arte foram pensadas três, a decorrer de Outubro de 2006 a Março de 2008. A primeira refere-se à iconografia angélica, precisamente tendo como referência os 90 anos da aparição do anjo aos Pastorinhos. Foi constituído um grupo de trabalho para as conceber que incluiu o Padre Armindo Janeiro como o “pai” da ideia e ao mesmo tempo presidente da Comissão de Arte e Património da Diocese de Leiria-Fátima, o Dr. Gonçalo Cardoso, director do Museu de Arte Sacra e Etnologia do Seminário da Consolata, onde vai decorrer a exposição, e eu própria como colaboradora do Santuário na área do património artístico. Contamos ainda com a colaboração de funcionários do Santuário, nomeadamente a Isabel Oliveira, na área do secretariado, o Rui Pedro na concepção do design e o Luís Oliveira como fotógrafo. 2 – A selecção dos trabalhos foi baseada em que critérios? Que tipo de obras poderemos ver expostas? As peças que vão ser expostas foram seleccionadas nas paróquias da Diocese e ainda no Santuário e no Museu da Consolata. Procurámos escolher o que de melhor existe na representação angélica, tentando diversificar as épocas, os materiais, os tipos de arte. Poderemos ver esculturas desde o século XV ao final do século XX, pintura, azulejaria, paramentaria e alfaias religiosas. Nestas últimas, escolhemos peças que usam a figura de anjos como elemento decorativo. Por outro lado, procurámos preparar uma exposição pedagógica dividindo a mesma em núcleos: anjos mensageiros, anjos protectores e anjos adoradores; cada núcleo terá um texto explicativo e as peças serão acompanhadas de citações bíblicas alusivas. 3 – Em termos práticos, como está a decorrer a preparação da exposição? Depois de seleccionadas as peças, o Sr. Bispo (ainda o Sr. D. Serafim) escreveu aos proprietários a solicitar o empréstimo. O transporte das peças para o museu está a ser feito pelos serviços do Santuário sempre com acompanhamento de um elemento da comissão. De um modo geral, houve bom acolhimento para o empréstimo das peças. A exposição estará patente até final de Março, após o que cada peça será devolvida ao seu local de origem. 4 – Pessoalmente, o que deseja que as pessoas apreendam quando visitarem esta exposição? Quando me pergunta o que desejo pessoalmente com esta exposição, o que me vem logo à cabeça é que quem a visite perceba o valor das obras de arte que tem na sua capela ou igreja e aprenda a preservá-las, evitando intervenções que são autênticos atentados ou evitando colocá-las em locais expostos à degradação, por vezes com o pretexto de estarem a salvo de ladrões. Encontrámos peças em situações muito más (felizmente não muitas). Naturalmente que o lado pedagógico da exposição, tentando ajudar as pessoas a compreender melhor esta temática também me parece muito interessante.

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