Exposição de pintura de Ilda David sobre S. Paulo

No próximo dia 25 de Janeiro, Festa da Conversão de S. Paulo, será inaugurada no Seminário Conciliar de Braga uma exposição de pintura de Ilda David sobre o corpus paulino. Uma ‘teologia visual’ a contemplar até 29 de Junho, termo do ano jubilar dedicado a S. Paulo. Depois de, nos inícios do ano 2007, ter exposto no Mosteiro de Tibães as pinturas do livro do Génesis, que realizou para a Bíblia d’Almeida, Ilda David volta a Braga. Embora as do corpus paulino justificassem outra exposição (à semelhança do que fez ainda com as do Pentateuco, no Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada), a distinta pintora preferiu, sob o repto da Direcção do Seminário, voltar aos textos de Paulo e apresentar uma série de pinturas completamente inédita. E, não fosse já meritória tal elevação, acrescentou-lhe o recorte científico: com base na crítica textual bíblica, privilegiou as Cartas de reconhecida autenticidade paulina. Serviu-se para isso da preciosa colaboração de José Tolentino Mendonça, reconhecido biblista e poeta. As pinturas distribuem-se por três espaços expositivos, explorados a partir do seu enquadramento arquitectónico e da respectiva simbólica. No claustro, onde se encontra a escavação arqueológica com ruínas de uma casa patrícia romana da antiga Bracara Augusta, serão fixadas, em dois grandes painéis, as pinturas mais expressivas ao nível da policromia, que dizem respeito às Cartas do cativeiro e evocam quer a cidadania romana de Paulo quer as viagens através do Império. Na igreja, dedicada a S. Paulo, Ilda David expõe uma ‘série branca’ de pinturas nas galerias laterais vazias, que seguem os belíssimos altares em talha dourada (o melhor conjunto barroco produzido em Braga nos reinados de D. Pedro II e D. João V, no dizer de Robert Smith). Entre o claustro e a igreja, um painel, colocado na cabeceira do corredor escuro e profundo, surpreende-nos com uma grande pintura de transição. Com esta magnífica exposição o Seminário pretende celebrar, ao mais alto nível, um dos seus padroeiros, S. Paulo. E, para retirar dela o máximo de dividendos, sobretudo do ponto de vista da pastoral vocacional (para dar o sobressalto idóneo ou passo de qualidade que se exige), da evangelização e da cultura, promoverá um conjunto alargado de iniciativas. Visitas de grupos por Arciprestados, das escolas católicas e das turmas de ERMC das escolas públicas; retiros e recolecções nas instalações do Seminário, para adolescentes e jovens; visitas das paróquias dos seminaristas (de Braga e Viana do Castelo) e intercâmbios com outros seminários do país. Para apoio destas actividades, será preparado, com a colaboração dos responsáveis das comissões e departamentos arquidioce-sanos, um dossier com uma introdução à pintura de Ilda David, aulas, catequeses, reuniões e textos paulinos seleccionados para lectio divina, a fim de preparar, viver e prolongar o alcance da exposição. Além de tudo isto, dispomos dum segmento audiovisual: numa sala apropriada ou no Auditório S. Frutuoso, serão exibidos vários filmes, com destaque para o Hino da caridade, gravado por Eunice Muñoz, ao abrigo duma parceria com a Sociedade Bíblica de Portugal. O programa contempla ainda a leitura integral das Cartas, a lectio divina de textos de S. Paulo e um recital dos hinos presentes no corpus paulino. Por fim, o Seminário encomendou o estudo de uma estátua de S. Paulo (a igreja não possui nenhuma) ao escultor Manuel Rosa, que o encarou como “grande desafio” a fim de conciliar o estilo contemporâneo com o programa iconográfico da igreja. Por certo, nos próximos seis meses, conheceremos outras gratificantes surpresas. Esta exposição enquadra-se perfeitamente no conjunto das iniciativas levadas a efeito pelas Instituições Arquidiocesanas, com destaque para os nove Encontros Paulinos, que o Bispo Auxiliar, D. António Couto, tem dinamizado em Balasar, Braga, Famalicão e Guimarães (com a participação de quinhentas a oitocentas pessoas cada um); e para a XVII Semana de Estudos Teológicos, promovida pela Faculdade de Teologia – Braga, subordinada ao tema “Paulo de Tarso, quem és?”, que conta com um reconhecido leque de especialistas sobre S. Paulo. Com estas e outras iniciativas de âmbito arciprestal, paroquial ou conventual (v.g. exposições sobre S. Paulo em Famalicão, nas paróquias do Pe. Paulo César em Amares, e no Convento do Montariol) o Seminário quer inte-ragir, para que todos possamos estudar, ouvir, ver, rezar, cantar e louvar S. Paulo. A exposição será inaugurada por sua excelência D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga e Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. Equipa Formadora do Seminário Conciliar de Braga

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