Europa/América Latina: Bispos e instituições católicas lançam apelo conjunto pela justiça e coesão social

Contributo para a cimeira UE-CELAC deixa várias recomendações

Bruxelas, 19 abr 2023 (Ecclesia) – Os organismos que representam os bispos da Europeia, América Latina e Caraíbas lançaram um documento conjunto, em vista da cimeira UE-CELAC, que vai decorrer em julho, apontando ao reforço da justiça e coesão social, nas relações bilaterais.

“Esperamos que a cimeira relance a parceria entre as nossas regiões, abordando as causas estruturais que minam a paz, a justiça social e a coesão social. As nossas recomendações visam estreitar os laços entre os povos da Europa e da América Latina, promovendo um mundo mais fraterno”, indicou o novo presidente da Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE), D. Mariano Crociata.

A próxima cimeira entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) vai decorrer em Bruxelas, de 17 a 18 de julho de 2023, sob a presidência espanhola do Conselho da UE.

A COMECE e o CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano) elaboraram um documento com “recomendações” para este encontro, propondo uma “parceria UE-LAC justa e mutuamente benéfica”.

O texto, indicam os bispos, “baseia-se no acompanhamento diário da Igreja a pessoas em situação de vulnerabilidade em ambos os lados do Atlântico”.

A Igreja Católica defende uma parceria UE-CELAC fundada em três pilares: “desenvolvimento humano integral e justiça social”, “ecologia integral e cuidado da casa comum”, “paz e cultura do encontro”.

Sob cada pilar, a contribuição conjunta sugere várias áreas e iniciativas concretas para colocar em ação essa visão, apontando à responsabilidade corporativa, regras de comércio justo, produção e modelos de negócios que protejam os direitos humanos e o meio ambiente, sistemas alimentares sustentáveis e inclusivos, finanças globais justas e arquitetura da dívida e propriedade democrática dos processos de tomada de decisão e de políticas”.

O documento intitula-se ‘Uma parceria de esperança para o bem dos nossos povos e um mundo mais fraterno’, sendo subscrito pelos bispos da União Europeia, da América Latina e Caraíbas, bem como pelas Cáritas destas regiões.

As recomendações apontam a um reforço da “cooperação intercultural e inter-religiosa”, para garantir o “respeito, preservação e promoção da diversidade e património religioso e cultural” das populações.

O texto destaca ainda a importância da “proteção e preservação da língua e do património cultural e religioso dos povos indígenas”.

OC

 

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