Ensino Superior: «Residências universitárias com cariz católico fazem a diferença no acompanhamento» aos estudantes – Irmã Lara Saavedra

Responsável da residência Maria Imaculada, em Lisboa, fala em «experiência de vida» na partilha de casa com 50 jovens

Lisboa, 15 set 2002 (Ecclesia) – A Irmã Lara Saavedra, responsável pela residência Maria Imaculada, em Lisboa, contou à Agência ECCLESIA que os universitários procuram a este alojamento pela “segurança e acompanhamento” e que se torna uma “experiência de vida” partilhar casa com 50 jovens diferentes.  

“Os pais procuram muito a residência porque sabem que as jovens vão ter segurança e acompanhamento, alguém com quem possam partilhar a vida, que não estão sozinhas, que há sempre uma irmã que está presente, seja na ajuda do dia a dia, ou numa eventualidade que possa acontecer, numa ida ao hospital, e é um ambiente familiar, isso torna-se vantagem para a maioria dos pais”, explica em declarações à Agência ECCLESIA.

No meio académico a religiosa destaca que as “residências universitárias com este cariz católico fazem a diferença no acompanhamento”, numa experiência bem diferente de “alugar um quarto ou partilhar um apartamento”.

“Numa residência com 50 jovens aprendem toda a gestão de uma casa, onde há diferentes opiniões e tolerâncias, e havendo alguns conflitos é preciso sentarmos e falarmos para que tudo corra bem”, afirma.

A responsável da casa há quatro anos referiu que a residência feminina tem capacidade para 50 jovens, está “quase completa”, tendo “apenas com uma vaga que depressa irá preencher”.

A Irmã Lara Saavedra, religiosa de Maria Imaculada, define esta residência como um espaço de acolhimento e de “experiência de vida”. 

“Notamos uma procura cada vez maior de jovens estudantes estrangeiras, brasileiras, angolanas, turcas, estas porque sabem que não há homens na residência e sentem-se mais seguras, assim acolhemos e respeitamos todas as religiões, atualmente temos também jovens de Moçambique, Angola, Espanha e Arménia”.

Na casa “ecuménica”, situada na zona de Alvalade, em Lisboa, as jovens universitárias contam com o alojamento e algumas refeições, têm um espaço de lavandaria autónomo e uma “interação e aprendizagem grande entre culturas”. 

“Há a experiência de lidarem com outras religiões dentro da mesma casa, por exemplo as muçulmanas que não comem porco, há que respeitar e há esta riqueza de conhecer outras culturas; é também um ambiente privilegiado para fazer pontes, proporcionar o diálogo entre culturas e religiões, e ajuda imenso as jovens do que é o mundo, uma experiência de vida que dá uma nova competência”, salienta. 

Para este início do ano académico a residência tem preparada uma “semana de acolhimento”, com atividades diversas.

“Temos a semana do acolhimento, são três dias de festa na residência, missa, jantar de festa, dia de praxes, que são jogos de interação e conhecimento, e este ano teremos um dia de visita cultural à cidade de Lisboa e outro momento de conhecer a comunidade de quatro irmãs que aqui habitam”, conta.

A irmã Lara Saavedra partilhou ainda que este ano as jovens têm chegado à residência com “com muito medo mas com grande expetativa” mas também a necessitarem de interação entre elas. 

“As jovens ficaram muito afetadas pelo tempo de pandemia, a precisar de acompanhamento e a precisar de interação, afetou a saúde mental dos jovens em geral e, faço com regularidade, estar com elas, ter tempo para as escutar, e, quando há algo que me ultrapassa, encaminhar para ajuda especializada”, aponta. 

SN

 

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