Ecumenismo: «Encontro Cristão» reuniu «mais de sessenta Igrejas e comunidades» em Sintra

«Apesar das circunstâncias dificílimas que condicionam os relacionamentos e convidam à retaliação, o Espírito abriu caminhos de paz» – Luís Parente Martins

Sintra, 31 jan 2023 (Ecclesia) – O XIII Encontro Cristão em Sintra congregou “mais de sessenta Igrejas e comunidades”, que se juntaram para “escrever uma minúscula linha do sonho de Deus”, onde o “Espírito abriu caminhos de paz”, este sábado, no Centro Cultural Olga Cadaval.

“No momento da oração final, ortodoxos russos, católicos, evangélicos, protestantes e ucranianos greco-católicos emocionámo-nos ao ver que, apesar das circunstâncias dificílimas que condicionam os relacionamentos e convidam à retaliação, o Espírito, ainda assim, abriu caminhos de paz”, assinalou Luís Parente Martins, da organização do ‘Encontro Cristão’, numa nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que decorreu de 18 a 25 de janeiro, no hemisfério norte, tem como tema “Aprendei a fazer o bem e procurai a justiça”, do profeta Isaías.

Na 13ª edição do ‘Encontro Cristão’, “em dinâmicas muito vivas”, os membros das comunidades participantes partilharam, durante a tarde e ao jantar de sábado, a sua forma de “ao aproximarem-se do bem, agirem, por consequência, com mais justiça”.

Este encontro ecuménico, que se realiza desde 2010, seguiu nesta edição a palavra “reconciliação”, contou com um momento de reflexão do bispo Jorge Pina Cabral, da Igreja Lusitana (Comunhão Anglicana), o pastor João Martins, da Aliança Evangélica Portuguesa, e o padre jesuíta Vasco Pinto Magalhães, da Igreja Católica, que explicou que os “discernimentos de prioridades, no contexto da sociedade atual, convidam a um novo agir”.

A organização assinala também que a experiência partilhada pelo padre Peter Stilwell, diretor do Departamento de Relações Ecuménicas e Diálogo Inter-religioso do Patriarcado de Lisboa, “de ter tocado a pedra do sepulcro inabitado”, originou um Pai Nosso de comunhão com “uma densidade mais próxima daquela que o Mestre certamente desejou”.

Na nota ‘quando o Bem se manifesta na Unidade’, sobre o  XIII Encontro Cristão, Luís Parente Martins começa a perguntar se “será concebível convidar a ser ‘Fratelli Tutti’ e simultaneamente estar ‘de costas voltadas’ para o seu irmão”.

No dia 25 de janeiro, na conclusão da 56ª Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o Papa apelou à união dos cristãos contra a “violência sacrílega” da guerra e todas as formas de “desprezo e racismo”, numa celebração ecuménica, em Roma.

“Devemos opor-nos à guerra, à violência e à injustiça onde quer que se insinuem”, disse Francisco, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros.

CB/OC

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