Bento XVI apela ao fim da violência no Egito

Papa pede respeito pelos direitos das minorias e pela «unidade nacional»

Cidade do Vaticano, 12 out 2011 (Ecclesia) – Bento XVI lançou hoje um apelo em favor do fim da violência no Egito, condenando os confrontos entre militares e cristão coptas, no Cairo, que este domingo fizeram mais de 25 mortos e centenas de feridos.

Na audiência pública desta semana, que decorreu na Praça de São Pedro (Vaticano), o Papa mostrou-se “profundamente entristecido” com a situação, criticando as “tentativas de minar a coexistência pacífica” entre as comunidades do Egito num “momento de transição” em que é essencial “salvaguardar” a “unidade nacional”.

“Uno-me a dor das famílias das vítimas e de todo o povo egípcio”, disse.

Bento XVI exortou os fiéis a rezarem “a fim de que essa sociedade [Egito] goze de uma verdadeira paz, baseada sobre a justiça, o respeito pela liberdade e a dignidade de cada cidadão”.

“Por outro lado, apoio os esforços das autoridades egípcias, civis e religiosas, em favor de uma sociedade na qual sejam respeitados os direitos humanos de todos, em particular das minorias”, referiu ainda.

Milhares de pessoas assistiram na noite de segunda-feira aos funerais de 17 dos 25 manifestantes mortos nos confrontos do Cairo, surgidos durante uma manifestação de cerca de mil cristãos coptas em protesto pelo incêndio de uma igreja no sul do país.

Os incidentes são considerados como os mais graves desde as manifestações que, em fevereiro deste ano, levaram à queda de Hosni Mubarak.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostrou-se “bastante triste” com o ocorrido e apelou “a todos os egípcios para ficarem unidos e manterem o espírito das mudanças históricas que tiveram lugar no início do ano”.

A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, lembrou, por sua vez, que a liberdade religiosa “é absolutamente fundamental”.

OC

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