Algarve: Paróquia de Tavira expõe coleção de arte sacra

Mostra «Assim na Terra como no Céu» pode ser visitada na igreja de Santa Maria

Tavira, 11 dez 2019 (Ecclesia) – A Paróquia de Tavira, na Diocese do Algarve, inaugurou a exposição ‘Assim na Terra como no Céu’ com peças de pintura, imaginária e outras, com origem nos séculos XV, XVI e XVII, na igreja de Santa Maria.

“Dignificando o património, dando-o a conhecer e preservando-o estamos a cumprir um importante papel cultural que é também parte da missão da Igreja”, disse o bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, bispo do Algarve.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, pelo jornal ‘Folha do Domingo’, Daniel Santana referiu que na primeira sala têm “peças do séc. XV e XVI” que permitem ver que Tavira “era uma cidade de devoção” com ligação ao mundo artístico da época, como “Nottingham (Inglaterra), Bruges (Flandres) e até o Japão”.

“Pinturas, a imagens religiosas de vulto, passando por extraordinárias peças de arte nanbam, paramentaria, livros e ourivesaria, muitos deles originais de Santa Maria, outros de Santiago e alguns de São Paulo; Essencialmente peças de caráter religioso, com funções devocionais, usadas em contexto de cerimónia litúrgica ou como elementos de culto”, explicaram os curadores Marco Lopes, diretor do Museu Municipal de Faro, e Daniel Santana, técnico de Património da Câmara Municipal de Tavira.

O pároco de Tavira lembrou que, em setembro de 2016, quando visitou a igreja de Santa Maria, “como se fosse um vulgar visitante, um turista”, encontrou “uma entrada escura e fria” onde um bilhete dava acesso a “entrar no templo e num museu que tinha importantes peças, mas que estavam deficientemente destacadas e em alguns casos acompanhadas de muito pouca informação”.

“A sacristia onde habitam dos mais belos azulejos desta casa estava incessível ao visitante, assim como a torre sineira, que é, na minha opinião, o mais belo miradouro desta linda cidade”, acrescentou o padre Miguel Neto.

O sacerdote, que é o responsável pela Pastoral do Turismo na Diocese do Algarve, observou que “não basta abrir os espaços” e destacou o “trabalho de cooperação e de desenvolvimento de iniciativas conjuntas”, que tem sido realizado com diversas entidades.

O padre Miguel Neto assinalou que o visitante quer “qualidade na informação e na forma como o espaço é apresentado”, referindo que “há muito por fazer nas igrejas de Tavira”, como “adequar e normalizar” as igrejas de Santiago e de São Paulo para as visitas, divulga o jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.

CB/OC

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