AIS: Presidente da fundação pontifícia destaca necessidade de «defender o direito à liberdade religiosa», em balanço do ano 20201

Thomas Heine-Geldern alerta que terrorismo e a violência impedem «a Igreja de realizar o seu trabalho pastoral e social»

Foto: ACN

Lisboa, 30 dez 2021 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apelou à defesa do “direito à liberdade religiosa”, considerando que há muito por fazer para proteger as populações.

“A situação continua a ser bastante dramática nos países da região Africana do Sahel e em Moçambique, onde o terrorismo se está a espalhar. Embora a violência afete todos, os cristãos são os mais atingidos”, disse Thomas Heine-Geldern, em declarações enviadas hoje à Agência ECCLESIA.

O responsável lamenta “profundamente” que, em muitas áreas, “o terrorismo e a violência estejam a impedir a Igreja de realizar o seu trabalho pastoral e social”.

Iraque, Síria, Líbano, Índia, Nigéria e Moçambique são exemplo do “muito que há a fazer para a proteção das populações”, nomeadamente das comunidades cristãs vítimas de perseguição e de intolerância.

“Padres, religiosos e leigos estão a ser mortos, raptados ou abusados enquanto cumprem a sua missão”, afirmou, manifestando “profunda preocupação” pela situação na Índia e na Nigéria.

No seu balanço do ano de 2021, Thomas Heine-Geldern destacou a visita de três dias do Papa ao Iraque no início do mês de Março, onde Francisco “chamou a atenção da comunidade internacional para a situação” da comunidade cristã não só neste país mas no Médio Oriente.

“Embora os cristãos sejam uma parte constituinte dos seus países nativos, demasiadas vezes são tratados como cidadãos de segunda classe”, referiu, alertando para o “êxodo dos cristãos” também na Síria e no Líbano.

Já no mundo ocidental alertou para a “perseguição educada” que pretende a erradicação gradual das crenças religiosas da vida pública, como um documento interno da Comissão Europeia que “recomendava evitar a utilização de nomes e terminologia cristã, substituindo a palavra ‘Natal’ por ‘festas’, um assunto que também teve a atenção do Papa e do secretário de Estado do Vaticano.

Das iniciativas promovidas pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, o seu presidente recordou a publicação do Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, em abril, e, a ‘Red Week’, no mês de novembro, que tiveram também a participação do secretariado português da AIS.

À Agência ECCLESIA, a diretora do secretariado português da AIS disse que a “questão dos refugiados” foi “uma prioridade” ao longo de 2021 para a instituição.

CB/OC

 

2021: Ajuda à Igreja que Sofre destaca crise dos refugiados (c/vídeo)

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Agência ECCLESIA

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