2022: Guilherme d’Oliveira Martins sublinha tema «crucial» do diálogo entre gerações (c/vídeo)

Responsável elogia atualidade dos alertas do Papa no Dia Mundial da Paz

Lisboa, 03 jan 2022 (Ecclesia) – Guilherme d’Oliveira Martins, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian considera que a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz de 2022 merece ser lida com “muita atenção”.

“As preocupações do Papa Francisco são muito atuais porque o diálogo entre gerações é algo crucial”, disse à Agência ECCLESIA.

Com o tema ‘Diálogo entre gerações, educação e trabalho: instrumentos para construir uma paz duradoura’, a mensagem do Papa Francisco para o início de 2022 aborda temáticas centrais porque nas sociedades “mais desenvolvidas” existe “envelhecimento claro”, todavia é essencial responder “a essa situação”, disse.

Ao fazer a análise a este documento e nestes desafios contemporâneos, Guilherme d’Oliveira Martins realça que existe uma “ideia nova”, de “justiça distributiva”

“A ideia de uma justiça distributiva, não apenas aos contemporâneos, mas também a pensar nos mais jovens e nas próximas gerações”, disse o entrevistado.

Na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1968, o Papa Paulo VI salientou que o desenvolvimento é o novo nome da paz.

“É indispensável ter a educação como fator de liberdade, de responsabilidade e de desenvolvimento”, frisou Guilherme d’Oliveira Martins, convidado desta segunda-feira no Programa ECCLESIA (RTP2).

O entrevistado realça que os escritos do Papa Francisco estão sintonizados “no cuidado, atenção, exemplo e experiência”, diretivas “importantes” porque “não se trata de uma educação informal e abstrata”.

Uma aprendizagem concreta onde as famílias e a sociedade têm “um papel fundamental”, salientou o ex-presidente do Centro Nacional de Cultura.

Quando o Papa Francisco aborda o tema da educação, Guilherme d’Oliveira Martins sublinha que ele “fala dos educadores naturais, as famílias, e os educadores profissionais, as escolas”.

Evocando a crise provocada pela Covid-19, o Papa agradece a quantos se empenharam e continuam a dedicar-se, “com generosidade e responsabilidade, para garantir a instrução, a segurança e tutela dos direitos, fornecer os cuidados médicos, facilitar o encontro entre familiares e doentes, garantir apoio económico às pessoas necessitadas ou desempregadas”.

“O Papa fala das pandemias, mas recorda também a precariedade no trabalho e dos efeitos que ainda não estão superados da grave crise financeira de 2008”, acentua o entrevistado.

O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado pela Igreja Católica no primeiro dia do novo ano.

PR/LFS/OC

Diálogo entre gerações, educação e trabalho: instrumentos para construir uma paz duradoura

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