2012: Bispo do Funchal promete Igreja atenta à austeridade

D. António Carrilho admite «grande preocupação e apreensão»

Funchal, Madeira, 02 jan 2011 (Ecclesia) – O bispo do Funchal manifestou “grande preocupação e apreensão” perante as medidas de austeridade anunciadas para a Região Autónoma da Madeira, afirmando que a Igreja Católica vai responder com “sentido de responsabilidade”.

“Iremos todos, pessoas e instituições católicas, intensificar os nossos esforços para um maior apoio, tanto material como espiritual, àqueles que, nestes tempos, mais precisem de ajuda”, adiantou D. António Carrilho, na sé do Funchal, durante a homilia da missa a que presidiu no último dia de 2011, enviada à Agência ECCLESIA.

Segundo o prelado, a Igreja tem “sabido assumir a sua responsabilidade no serviço social e de caridade que presta”, de “forma adequada às circunstâncias de cada situação”.

“Perante as medidas de austeridade já conhecidas e apontadas como resposta necessária para enfrentar a crise existente, a Igreja olha o presente e o nosso futuro, sobretudo das pessoas mais carenciadas, com grande preocupação e apreensão, pois são ainda imprevisíveis todas as consequências sociais da sua aplicação”, disse ainda.

O bispo do Funchal apelou a um “sentido humanista da própria governação”, que “não pode deixar de olhar as pessoas e as famílias na sua dignidade e decidir com inteligência e coração, na defesa do bem comum”.

“No âmbito da sua atividade, a Igreja fará tudo o que estiver ao seu alcance, para se tornar junto de todos uma presença viva do amor de Deus, pelo testemunho da solidariedade e fraternidade”, assinalou.

O Governo Regional da Madeira anunciou no último dia 27 um plano de ajustamento financeiro que inclui, entre outras medidas, a equiparação do IRS e IRC aos valores do Continente, o aumento da taxa máxima do IVA para 22 por cento (mais seis pontos percentuais) e o aumento do tarifário dos transportes públicos em 15 por cento.

OC

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