Vítimas do sismo da China lembradas em Braga

Dezenas de alunos dos cursos de Estudos Orientais e Línguas e Culturas Orientais da Universidade do Minho (UM) homenagearam as vítimas do sismo ocorrido a 12 de Maio em Sichuan, na China, e que vitimou mais de 80 mil pessoas. Na “Cerimónia Simbólica de Solidariedade”, que teve início às 14h28, hora local em que decorreu a tragédia, um a um e ao som de um recital de piano, os participantes dirigiram-se a uma pequena fogueira onde colocaram algumas aves, flores e cestas feitas de papel. Segundo a directora do Instituto Confúcio da UM, Sun Lam, é desta maneira que os orientais comunicam com os mortos. «Quando queremos enviar alguma mensagem, queimamos», explicou, referindo que, para além da homenagem, esta iniciativa visou ainda mostrar à comunidade académica os rituais orientais. Nenhum familiar dos alunos destes cursos morreu neste terramoto. No entanto, alguns ficaram desalojados, e «vão viver nas tendas durante bastante tempo», referiu aquela responsável. À margem da cerimónia, Sun Lam destacou a solidariedade que tem imperado na China depois da tragédia. «O choque e tristeza iniciais transformaram-se numa força incrível para ajudar os outros», explicou, referindo-se a casos de pessoas soterradas que se tentaram amparar umas às outras, ou dos professores que não tiveram tempo de ir a casa ver como estava a família e tentaram salvar os seus alunos. Questionada sobre a abertura do governo chinês no que diz respeito a este sismo, Sun Lam referiu que «a China é outra». «Vivi o terramoto de 1976 e a forma de reagir foi completamente diferente. Neste caso, a transparência é extraordinária, pois vemos tudo na Comunicação Social e, pelo que sei, a própria televisão chinesa não esconde os factos, o que é um progresso enorme», sustentou. No âmbito deste movimento de solidariedade, o Instituto Confúcio da UM está também a desenvolver uma campanha de recolha de fundos, através da adaptação de nomes para chinês, em arte caligráfica. O montante angariado será posteriormente entregue na Embaixada da China, em Lisboa. Esta iniciativa decorre até às 12h00 do dia 31 de Maio.

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