Vaticano: Papa «puxa orelhas» a condutores que falam ao telemóvel e alerta para «sérias consequências da sua falta de atenção»

Francisco recebeu elementos da Polícia rodoviária e ferroviária italiana, sublinhando importância do seu trabalho

Cidade do Vaticano, 21 nov 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco alertou esta segunda-feira para as consequências da falta de respeito pelas regras na estrada, como falar ao telemóvel enquanto se conduz.

“Muitas vezes, os condutores nem sequer se apercebem das sérias consequências da sua falta de atenção (por exemplo, com o uso indevido de telemóveis) ou do seu desrespeito”, observou, ao receber em audiência elementos da Polícia rodoviária e ferroviária italiana

Realçando que “o mundo vê multiplicar as deslocações” e a realidade das estradas se torna “cada vez mais complexa e tumultuosa”, o Papa alertou para a “pressa e competitividade” que é assumida por um estilo de vida em que os condutores transformam as estradas “em pistas de Fórmula 1 e a linha do semáforo em partida de um grande prémio”.

Francisco considerou necessária “uma ação educativa” que dê “maior consciência das responsabilidades” aos condutores e que deve aproveitar “os frutos possíveis da experiência” que os polícias “acumulam diariamente nas estradas e nos caminhos de ferro”.

Aos membros das forças policiais, o Papa quem pediu “um estilo de misericórdia” e que não se aproveitem do seu “poder” para não serem olhados “com desconfiança ou como inimigo”.

“Quer nas ações de controlo, como nas repressivas, é importante fazer um uso de força que não degenere nunca em violência. Para isto, são necessárias sabedoria e autocontrolo, sobretudo quando o policial é visto com desconfiança ou sentido como um inimigo”, afirmou.

Francisco assinalou que aos polícias é exigido “um elevado profissionalismo e especialização”, com uma contínua atualização “no conhecimento das leis e no emprego da tecnologia”.

“O vosso serviço, tantas vezes não estimado de forma adequada, coloca-vos no coração da sociedade, e pelo seu alto valor, não hesito em defini-lo como uma missão, a ser cumprida com honra e profundo sentido de dever a serviço do homem e do bem comum”, desenvolveu, numa intervenção divulgada pela Rádio Vaticano.

CB/OC

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