Vaticano: Papa explica o conhecimento de Deus através do amor

Cidade do Vaticano, 08 jan 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje, na primeira Missa de 2015 na Capela da Casa de Santa Marta, que para conhecer Deus só a razão e a inteligência “são insuficientes”, porque é preciso promover o encontro através do “amor”.

“Como podemos conhecer Deus?”, perguntou Francisco que explicou que “só” pelo caminho do amor é possível conhecê-Lo, inspirado na leitura da primeira carta de São João (4, 19- 5, 4).

O Papa disse que “Deus é amor”, por isso, este conhecimento é feito também por amor mas “acompanhado pela razão”.

Nesse contexto, Francisco perguntou como se pode “amar aquilo que não” se conhece e assinalou que é através de dois mandamentos, o amor a Deus e ao próximo.

“Para chegar ao primeiro, devemos subir os degraus do segundo: ou seja, através do amor ao próximo podemos conhecer Deus, que é amor”, desenvolveu na Eucaristia matinal na Capela da Casa de Santa Marta.

O amor aos outros deve-se porque este provém de Deus que amou primeiro o homem, “não de novela”, mas com um amor “sólido, forte, eterno”, que “se manifesta” e com “obras”, disse Francisco que recordou que Deus “enviou seu Filho como vítima”.

Por isso, este amor de Deus, segundo o Papa, é como a flor da amendoeira, a primeira a desabrochar na primavera.

“O Senhor ama-nos antes de todos e sempre teremos esta surpresa”, comentou assinalando que para conhecer Deus “é necessária toda a vida”.

“Um caminho de amor, de conhecimento, de amor ao próximo, de amor por aqueles que nos odeiam, de amor por todos”, destacou na Missa que contou com a presença de “um pequeno grupo de fiéis”, divulgou a Rádio Vaticano.

O Papa Francisco destacou ainda, em contexto do Evangelho que narra a multiplicação dos pães, que Jesus teve compaixão do povo que queria ouvi-lo porque “eram ovelhas sem pastor, desorientadas”.

“Ainda hoje, muita gente está desorientada nas nossas cidades, nos nossos países”, considera Francisco que observa que Jesus continua a falar, com um amor que “chegou antes e sempre surpreende”.

“Como um pai cheio de amor e para conhecer este Deus devemos subir pelo degrau do amor ao próximo, pelas obras de caridade, pelas obras de misericórdia que o Senhor nos ensinou”, concluiu o Papa.

RV/CB

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