Vaticano: Papa condena bispo de arquidiocese norte-americana por abusos sexuais

Foto: Osservatore Romano

Cidade do Vaticano, 04 abr 2019 (Ecclesia) – A sala de imprensa da Santa Sé anunciou hoje a condenação, após julgamento do último recurso, de D. Anthony Sablan Apuron, da arquidiocese de Agaña, na ilha pacífica de Guam, após julgamento canónico sobre casos de abusos sexuais.

O arcebispo foi considerado culpado que lhes eram dirigidas, pelo Tribunal da Congregação para a Doutrina da Fé, composto por cinco juízes; a decisão da primeira instância foi agora confirmada, após recurso do arcebispo.

O responsável foi condenado à “cessação do ofício” e proibido de residir na Arquidiocese de Agaña, mesmo que de forma temporária; a estas penas soma-se a “proibição perpétua de usar as insígnias próprias do ofício de bispo”.

O caso levou o Papa Francisco a enviar o cardeal Raymond Burke à ilha do Pacífico para liderar as investigações; o arcebispo de Guam foi acusado de ter abusado de rapazes durante os anos 70 do século XX.

O Vaticano anunciou, também hoje, a nomeação de um novo arcebispo de Washington (EUA), D. Wilton D. Gregory, de 71 anos, até agora responsável pela diocese de Atlanta.

O responsável é visto como candidato a ser o primeiro cardeal afroamericano na história dos EUA.

O novo arcebispo liderou o processe de desenvolvimento de diretrizes para o combate aos casos de abusos sexuais, na Conferência Episcopal dos Estados Unidos da América.

Em outubro de 2018, o Papa aceitara a renúncia do então arcebispo de Washington, cardeal Donald William Wuerl, de 77 anos, o qual deixava votos de que a sua decisão pudesse abrir um novo capítulo centrado na “cura” e na construção do futuro da comunidade católica.

D. Donald William Wuerl foi um dos bispos questionados pelo relatório surgido em agosto sobre a gestão dos casos de abusos sexuais na Pensilvânia (EUA), um caso que motivou uma tomada de posição pública, por parte do Papa.

A renúncia aconteceu pouco depois de o Vaticano ter anunciado uma investigação sobre o caso do ex-cardeal Theodore McCarrick, também antigo arcebispo de Washington, que viria a ser demitido do estado clerical no último mês de fevereiro.

OC

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