Vaticano: Papa alerta para situação «muito grave» que ameaça refugiados na Líbia

Francisco presidiu a encontro de oração, no Domingo da Divina Misericórdia

Cidade do Vaticano, 28 abr 2019 (Ecclesia) – O Papa manifestou hoje a sua preocupação com a situação dos refugiados na Líbia, que considerou “muito grave”, apelando à intervenção da comunidade internacional.

“Convido-os a unirem-se à minha oração pelos refugiados que se encontram nos centros de detenção da Líbia, cuja situação, já muito grave, se tornou ainda mais perigosa por causa do conflito em curso”, assinalou, falando aos peregrinos reunidos no Vaticano para a recitação da oração do Regina Coeli.

Francisco apelou para que estes refugiados possam deixar a Líbia através de “corredores humanitários” em particular as mulheres, crianças e doentes, “o mais rapidamente possível”.

De acordo com a ONU, cerca de 3600 refugiados e migrantes estão detidos em instalações próximas das linhas da frente dos combates entre tropas do governo de Trípoli e forças leais ao marechal Khalifa Haftar.

O Papa recordou ainda as vítimas das recentes cheias na África do Sul, desejando que não lhes falte a “solidariedade e apoio concreto da comunidade internacional”.

A intervenção deixou uma saudação e pediu um aplauso para todos os cristãos das Igrejas Orientais que, seguindo o calendário juliano, celebram hoje a Páscoa: “Que o Senhor ressuscitado lhes dê a alegria e a paz”.

No Domingo da Divina Misericórdia, Francisco disse aos peregrinos que “a ressurreição de Jesus é o maior razão da alegria” e supera “as forças negativas do mundo”.

Além da “verdadeira alegria”, Jesus é “fonte de paz” para os cristãos, ao derrotar “o pecado, o mal e a morte”.

“Todos os batizados são chamados a transmitir os dons divinos da paz e da alegria, continuando assim a missão salvífica de Jesus no mundo, cada um segundo a sua própria vocação”, acrescentou.

O Papa desafiou os cristãos a tocar as “chagas de Jesus”, procurando “visitar quem é símbolo” desses sofrimentos, nas dificuldades e perseguições da vida quotidiana dos “irmãos que sofrem”.

“Dessas chagas, jorra a misericórdia”, sustentou.

Antes de despedir-se, Francisco agradeceu as várias mensagens que recebeu por ocasião da Páscoa, deixando votos de bem “para cada um e para todas as famílias”.

OC

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