Vaticano: Famílias sírias que saíram com o Papa de Lesbos obtiveram estatuto de refugiados na Itália

12 pessoas, incluindo seis menores, foram alojadas pela comunidade católica de Santo Egídio

Cidade do Vaticano, 20 mai 2016 (Ecclesia) – As três famílias sírias que acompanharam o Papa desde Lesbos, na Grécia, por iniciativa de Francisco, obtiveram o estatuto de ‘refugiados’, anunciou hoje a Rádio Vaticano.

“O decreto de reconhecimento oficial foi notificado pela Polícia de Roma aos seis adultos e seis menores, que já podem pedir os seus passaportes e obter vistos de permanência para 5 anos”, referiu a emissora pontifícia.

As três famílias estão a em Roma, onde foram acolhidas pela comunidade católica de Santo Egídio, com todas as despesas alimentares, de saúde e de vestiário por conta do Vaticano.

“Do ponto de vista burocrático, está tudo resolvido”, informa Daniela Pompei, responsável da Comunidade pelos serviços de apoio aos imigrantes.

Os adultos frequentam uma escola de língua e cultura italiana e todos os menores – um de 2 anos, dois de 6, um de 7, um de 15 e outro de 18 anos – vão à escola.

As famílias sírias saíram de Lesbos no final da visita do Papa à ilha grega, a 16 de abril, como “sinal de acolhimento aos refugiados” por parte de Francisco.

Estas pessoas estavam no centro de acolhimento de Lesbos antes do acordo entre a União Europeia e a Turquia; o acordo que entrou em vigor a 4 de abril prevê que todos os migrantes irregulares oriundos a Turquia e que entrem nas ilhas gregas sejam devolvidos a território turco.

As três famílias que partiram com o Papa são compostas por muçulmanos: duas são de Damasco e a outra de Deir Azzor, zona ocupado pelo autoproclamado ‘Estado Islâmico’.

OC

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