Disse D. José Alves, bispo de Portalegre – Castelo Branco, no final da visita ao Arciprestado de Abrantes. “O saldo foi francamente positivo” – sublinhou à Agência ECCLESIA D. José Alves, bispo de Portalegre-Castelo Branco, no final da visita pastoral ao arciprestado de Abrantes que decorreu de 26 de Janeiro a 9 de Abril. Os objectivos propostos foram “alcançados” e passavam pelo estabelecimentos de “contactos com as populações”; “reanimar a vida comunitária” e “levar a mensagem do Evangelho ao maior número possível de pessoas”. Todos os cantos e recantos receberam a visita do pastor e “penso que a minha presença foi evangelizadora” – disse. Pela forma como foi acolhido, D. José Alves reconhece que a sua presença foi útil àquele povo. A presença “ímpar e singular da imagem peregrina de Nossa Senhora” foi o elemento que “mais tocou o coração das pessoas” e “teve o condão de congregá-las”. No inicio da visita pastoral àquele arciprestado, o prelado pedia aos políticos que não se esquecessem do interior e no contacto que teve com os presidentes da Câmara (Abrantes e Constância) e os presidentes das Juntas de Freguesia reafirmou o pedido: “alertei-os para a situação actual porque a zona interior (com algumas excepções) está a diminuir o número da população e o envelhecimento está a crescer a olhos vistos”. Se o presente não é animador, o futuro parece que vai pelos mesmos caminhos porque “perspectiva-se o fecho de unidades de saúde e de unidades educativas”. Sintomas que os próximos tempos serão “problemáticos” – denuncia. As autoridades locais e nacionais deveriam “debruçar-se sobre estas questões”. Com o anúncio do fecho de algumas unidades escolares – mesmo com a proposta de melhores situações pedagógicas e instalações – as famílias “queixam-se do afastamento dos filhos”. Durante esta caminhada com o povo daquele arciprestado, o bispo de Portalegre – Castelo Branco disse à Agência ECCLESIA que o ponto mais marcante tido com aquele povo foi “a inesperada afluência de pessoas com a presença da imagem da Virgem peregrina”. E adianta: “juntou muita gente e alguns nem costumam participar em actos religiosos”. A presença das religiosas – contactaram em pormenor com as populações – também merece “o meu apreço”. Ao fazer referência a uma frase que ouviu durante a visita – «até que enfim alguém se lembrou de vir ao nosso encontro», o prelado acrescenta que esta “resume muita coisa”. Ao contactar com a fragilidade humana – na visita aos lares de idosos – D. José Alves ficou também “muito emocionado”. E finaliza: “momentos que não esquecerei”. Notícias relacionadas • Bispo de Portalegre escreve aos cristãos de Abrantes • Está a ultrapassar as expectativas • «Espero que a minha presença seja evangelizadora»