Cardeal Pietro Parolin afirmou que encontrar uma solução não é «responsabilidade apenas da Ucrânia», mas «uma responsabilidade comum»
Cidade do Vaticano, 31 out 2023 (Ecclesia) – O secretário de Estado do Vaticano pediu “respeito pelo Direito Internacional, especialmente no que diz respeito à integridade territorial” na Ucrânia, e ações humanitárias para o regresso de prisioneiros e crianças, numa mensagem à Conferência do Plano de Paz.
“Encontrar uma solução não é da responsabilidade apenas da Ucrânia; é uma responsabilidade comum”, disse o cardeal Pietro Parolin, na mensagem vídeo enviada por ocasião da Conferência do Plano de Paz, que reuniu mais de 65 países, este sábado e domingo, dias 28 e 29 de outubro, em Malta.
O secretário de Estado do Vaticano assinalou a participação de representantes de muitos Estados e organizações internacionais mostra que não estão “resignados a aceitar a tragédia” que se desenvolve diante dos olhos e que têm “a coragem de enfrentá-la”.
“É um esforço louvável, digno de apoio, não só porque visa oferecer uma resposta concreta aos vários tipos de danos causados pela guerra, mas também porque nos encoraja a não considerar o confronto armado como uma ferramenta inevitável para a resolução de conflitos”, desenvolveu o cardeal italiano, que apelou a um compromisso ainda “maior e mais criativo, a todos os níveis”, para abrir caminhos que “atualmente parecem inaceitáveis ou impossíveis”.
D. Pietro Parolin lamentou que a Ucrânia ainda não “possa defender a integridade do seu território, proporcionar aos seus cidadãos segurança e as necessidades de vida, e alcançar uma paz tão desejada”, apesar do trabalho dos organismos internacionais.
“A Santa Sé pede respeito pelo Direito Internacional, especialmente no que diz respeito à integridade territorial.”
O secretário de Estado do Vaticano expressou também o apoio da Santa Sé, “especialmente para a resolução de questões humanitárias, como a segurança alimentar e a preservação do ambiente natural”, reafirmou o compromisso em “continuar os esforços” para “aliviar os sofrimentos do povo ucraniano e o regresso de prisioneiros e crianças” ao seu país.
Na mensagem aos participantes da Conferência do Plano de Paz para a Ucrânia, o cardeal Pietro Parolin lembrou as “inúmeras intervenções” do Papa Francisco, uma “insistência sem precedentes”, em favor de uma nação como a “martirizada” Ucrânia.
A Ucrânia encontra-se em guerra desde a invasão da Rússia, em fevereiro de 2022, que provocou milhares de mortes, desalojados e elevados danos materiais.
CB