Ucrânia: Secretário de Estado do Vaticano admite intervenção junto do Patriarcado Ortodoxo de Moscovo

D. Pietro Parolin espera que o diálogo prevaleça na busca de soluções para a crise aberta entre a nação ucraniana e a Rússia

Cidade do Vaticano, 11 mar 2014 (Ecclesia) – O secretário de Estado do Vaticano admitiu hoje a possibilidade da Santa Sé intervir junto do Patriarcado Ortodoxo de Moscovo, com o intuito de ajudar a resolver o conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

Em declarações publicadas pelo serviço informativo da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin manifestou também o “desejo” da Igreja Católica enveredar esforços ao “nível das relações inter-religiosas, a favor da população” local.

Para o responsável católico, é fundamental encontrar soluções pacíficas para a Ucrânia e para a península da Crimeia, onde as tropas russas continuam a marcar posição.

D. Pietro Parolin mostra-se convicto de que, através do diálogo, será possível chegar a uma alternativa na Ucrânia que salvaguarde “o bem do país e das suas populações”.

A instabilidade na antiga república soviética começou em novembro, com a recusa do presidente ucraniano, Viktor Ianukovitch, em assinar um acordo de cooperação com a União Europeia (UE).

Na altura, o responsável político mostrou-se antes a favor do reforço dos laços económicos com a Rússia, despoletando a contestação popular que, pouco a pouco, tomou conta de toda a Ucrânia.

Depois de um período de quase guerra civil entre os apoiantes do regime de Ianukovitch e as fações pró-UE, que custou a vida a dezenas de civis, o Governo ucraniano acabou por ser deposto – atualmente o país é liderado por um primeiro-ministro interino, Arseni Iatseniouk.

Confrontado com esta situação, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, abriu espaço para uma intervenção militar na Ucrânia e, em fevereiro, as tropas russas começaram a ser colocadas estrategicamente na península da Crimeia.

Esta região é uma das mais divididas, no meio deste conflito, tendo já sido inclusivamente convocado, para o próximo domingo, “um referendo sobre a reunificação com a Rússia”, adianta o site news.va.

JCP

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