UCP: Projetos de formação querem levar «Teologia a todos» – Alfredo Teixeira

Faculdade de Teologia apresenta curso sobre «O Papa Francisco e a Questão Moral»

Lisboa, 28 set 2022 (Ecclesia) – O professor da Faculdade de Teologia (FT) da Universidade Católica Portuguesa (UCP) Alfredo Teixeira disse hoje que a instituição académica quer atingir “diferentes públicos”, procurando disponibilizar diversas ofertas formativas para que a “Teologia chegue a todos”.

“A FT desenvolve projetos de formação, que estão para além dos cursos graduados e que visa responder a objetivos diferentes, atingir públicos diferentes e, sobretudo, responder a um grande desafio de tornar a Teologia uma possibilidade para todos”, reconhece em entrevista à Agência ECCLESIA.

O curso «O Papa Francisco e a Questão Moral» é a mais recente oferta, com início a 4 de outubro, e tem como objetivo “proporcionar uma formação especializada para identificar as questões de ética na vida quotidiana, procurando compreendê-las na sua complexidade e desenvolver a capacidade de um agir responsável”, pode ler-se na apresentação do programa.

A formação, que conta com a orientação do vice-reitor e docente na instituição, o padre José Manuel Pereira de Almeida, quer “confrontar os inscritos com grandes questões da experiencia contemporânea”, que podem relacionar-se com a “moral pessoal ou fundamental”, mas “a partir de um determinado contexto, que é o projeto pastoral do Papa Francisco”.

“Estas formações são universais no que se refere aos seus públicos: os diferentes agentes das comunidades cristãs poderão ter uma particular interesse sobre esta formação, mas a Faculdade tende a projetá-la para pessoas que não estando no centro da dinâmica eclesial, se queiram confrontar, sob o ponto de vista pessoal, com uma proposta cristã para um contexto profissional, uma vez que este curso se tende a relacionar com os grandes problemas na sociedade”, indica.

Alfredo Teixeira reconhece um potencial de formação que poderia ser otimizado por agentes pastorais.

“As pessoas que chegam à faculdade chegam com interesses pessoais, baseadas numa decisão pessoal. Os grupos e comunidades, claro, vão beneficiar, mas falta algum trabalho para permitir que, de forma orgânica, as instituições católicas percebam o contributo que a FT pode dar no que são os seus problemas e lógicas de ação e projetos”, evidencia.

A FT deseja ser “uma ponte” e, estando inserida numa Universidade, reconhece “oportunidades de trabalho colaborativo”.

“A ligação da FT a diferentes projetos, para jornalistas que visa, sobretudo, com o horizonte da jornada Mundial da Juventude, desenvolver algumas competências para a compreensão do fenómeno religioso mas também do acontecimento global, muito singular. Fazemos isto com a área científica da comunicação na UCP”, explica.

O ensino à distância é uma ferramenta que a FT otimiza, para poder chegar “numa escala nacional ou quem sabe, mais além”, a novos públicos, sem descurar a dimensão “casa” que o espaço académico pretender dar.

“Com o curso de forma presencial queremos que a FT seja uma casa que possa receber pessoas, onde as pessoas se possam conhecer, estabelecer alianças entre si, (privilegiando) a dupla dimensão – privilegiar o ensino à distância e atividades de ensino e formação remota que permita dar oportunidade a todos, mas sem perder a possibilidade de estar próximo das pessoas”, finaliza.

Com inscrições até 30 de setembro, o curso «O Papa Francisco e a Questão Moral» dirige-se a agentes ligados aos domínios da educação, comunicação, cultura, mediação social, desenvolvimento humano, liderança e assistência religiosa, recursos humanos e comissões de ética; estudantes de diferentes programas do ensino superior interessados em formação especializada no domínio da Ética, da Teologia e dos Estudos de Religião e outros públicos interessados em formação contínua”, apresenta a FT.

HM/LS

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