Europa: Trabalhadores Cristãos pedem «mudanças sociais», depois da crise provocada pela pandemia

Olinda Marques, responsável portuguesa, foi eleita copresidente dos Trabalhadores Cristãos da Europa, para um mandato de dois anos

Lisboa, 28 set 2022 (Ecclesia) – O Movimento de Trabalhadores Cristãos da Europa (MTCE) refletiu sobre as “repercussões da pandemia no emprego e nos assuntos sociais”, e elegeu a portuguesa Olinda Marques e Karl Brunner como copresidentes, numa assembleia-geral realizada em Alfragide.

Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, a Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) informa que o MTCE tem agora uma comissão de coordenação de dois copresidentes, uma mulher e um homem, que elegeu na assembleia geral de associados, realizada este sábado e domingo.

Olinda Marques e Karl Brunner, do KVW do Sul de Tirol, os novos presidentes do Movimento de Trabalhadores Cristãos da Europa foram eleitos para um mandato de dois anos.

A responsável portuguesa, da LOC/MTC Portugal, desempenhou as funções de presidente, desde 2020, quando foi eleita, “por unanimidade”, a 16 de outubro.

Esta reunião foi precedida pelo seminário ‘Repercussões da Pandemia do Coronavírus no Emprego e nos Assuntos Sociais – Lições aprendidas/medidas para a reconstrução’, que começou no dia 21 de setembro e contou com a participação de 35 representantes e convidados de filiados no MTCE, de oito países europeus, incluindo a LOC/MTC de Portugal.

“A pandemia do coronavírus não é apenas um problema de saúde, é também um problema social que agrava problemas pré-existentes. Estes incluem pobreza, desemprego, condições de vida desiguais, desigualdades entre mulheres e homens, entre ricos e pobres. As disparidades têm aumentado”, lê-se no comunicado final.

O Movimento de Trabalhadores Cristãos da Europa salienta que o apoio financeiro dos governos “não foi suficientemente direcionado” e alerta também para o aumento significativo do trabalho em “plataformas ou o teletrabalho”, sem um “quadro legal” que assegure os direitos destes trabalhadores, em muitos países.

O comunicado final do seminário ‘Repercussões da Pandemia do Coronavírus no Emprego e nos Assuntos Sociais – Lições aprendidas/medidas para a reconstrução’ indica que, durante a pandemia de Covid-19, atividades que frequentemente eram “invisíveis” se tornaram “socialmente importantes, como cuidados, limpeza, transporte, logística, jardins-de-infância e escolas”, e as empresas da economia social fizeram um uso particular dos seus pontos fortes, “ao colocarem a solidariedade no centro”.

O MTCE defende “em especial” que “sejam melhoradas significativamente as condições de trabalho”, um mundo onde as pessoas “estejam no centro”, das próprias ações e da economia, e que “todo o ser humano é capaz de fazer algo de valor social”.

O movimento europeu defende também que as pessoas mais debilitadas “e mais vulneráveis devem ser o foco da ação social de forma especial”, a solidariedade “para todo o ser humano, independentemente da sociedade em que vive”, e formula as suas “convicções como uma expressão da fé”.

“A pandemia mostrou-nos com toda a clareza que são necessárias mudanças sociais. Exigiremos estas mudanças e contribuiremos nós próprios para a solidariedade e a justiça. Como cristãos e como movimentos de trabalhadores cristãos, queremos contribuir para um mundo diferente e melhor”, desenvolve, assumindo também o “desafio” da crise climática.

CB/OC

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