Trabalho: Partilhar «talentos» profissionais com valores de fé

Plataforma de formação tem como objetivo facilitar troca de experiências de vida

Lisboa, 27 abr 2015 (Ecclesia) – A plataforma de formação ‘Talentos’, que nasceu na família missionária Verbum Dei, quer ajudar a partilhar os “dons e experiências” profissionais aliando-os a valores de fé.

“Foi o tentarmos unir a necessidade que temos de sermos bons profissionalmente, de nos especializarmos, e que essa formação não nos torne desumanos”, explica à Agência ECCLESIA o formador Ricardo Resende.

O professor universitário revela que se reuniram pessoas com essa capacidade profissional e formativa e que a fé está presente “qual o fim último da profissão”, para além do objetivo de “aprender a ser mais eficiente”.

O ‘talentos.verbumdei’ tem como objetivo facilitar a partilha dos dons e experiências de vida, na componente profissional.

Segundo Ricardo Resende, a fé transparece nas formações “onde é mais evidente” pelo menos na “intencionalidade do formador”: “Eu estou aqui porque quero ajudar a trabalhar melhor, a servir melhor”.

Há dois anos as formações materializam-se em pequenos workshops, em várias áreas, que funcionam mediante a disponibilidade dos formadores e adesão dos interessados, cujo preço é simbólico.

O professor universitário revela que também existem surpresas “interessantes” na participação dos alunos, como numa formação sobre Excel.

“Estou à espera que apareçam jovens que estão na universidade, e aparece um ou outro, mas aparecem pessoas de 50 anos que diziam que tinham de aprender a trabalhar”, explica.

Segundo o entrevistado, na formação talentos.verbumdei.org as sessões duram entre hora e meia a duas horas, nas quais os formandos “aprendem qualquer coisa”, mas funcionam sobretudo como “arranque, semente”.

Depois há uma formação noutro tema, as pessoas voltam e dizem que já fazem algumas coisas no Excel”, exemplifica Ricardo Resende, para quem é “inesperado” ver pessoas com 50, 60 anos com “vontade de aprender”.

Neste contexto, o formador comenta que recebe a “alegria de partilhar e ser útil” porque gosta de dar aulas “principalmente” quando os alunos estão “muito interessados”.

“Ali tenho pessoas que querem mesmo estar e até partilharam qualquer coisa”, comenta o interlocutor, que não recebe nenhum valor monetário.

No contexto do Dia do Trabalhador, no 1.º de Maio, o programa ECCLESIA apresenta ao longo da semana a experiência de plataformas e projetos de formação, às 22h45, na Antena 1 da rádio pública.

SN/CB/OC

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