Solidariedade: Cáritas ajuda a procurar trabalho

«Não podemos passar ao lado dos problemas e dificuldades» das pessoas, frisa pároco da Quinta do Conde

Lisboa, 19 nov 2012 (Ecclesia) – A oferta de emprego e o combate ao isolamento que atinge os desempregados constituem alguns dos objetivos dos Grupos de Interajuda Social (GIAS) que a Igreja Católica começou a criar através da Cáritas Portuguesa.

Em Viseu 10 professoras reúnem-se semanalmente na instituição para procurarem trabalho e prepararem atividades de convívio para crianças e idosos, além de estarem envolvidas num projeto que abrange mais faixas etárias.

Esta equipa de professores, criada antes de a Cáritas se associar ao projeto, é um “modelo” que pode ser aplicado noutros setores profissionais, estando em estudo a possibilidade de recorrer a alguns desses docentes para serem mediadores em futuras estruturas similares, explica ao programa 70 X 7 transmitido este domingo na RTP-2 o coordenador técnico da Cáritas viseense, António Ramalho.

[[v,d,3596,]]“Temos de conseguir que as alternativas de criação de trabalho sejam também envolventes de relações com outras pessoas”, frisa Isabel Cordovil, da equipa nacional dos Grupos de Interajuda Social, da Cáritas Portuguesa.

A responsável está convencida de que em Setúbal e Portalegre há “terreno muito fértil” para lançar estes grupos e revela que depois de disseminar a ideia a Cáritas pretende avançar com a formação de animadores destas equipas.

“Enquanto comunidade cristã não podemos passar ao lado dos problemas e dificuldades, assim como das alegrias, das pessoas”, frisa por seu lado o padre Daniel Nascimento, pároco de Quinta do Conde, na Diocese de Setúbal.

A distribuição de cabazes fornecidos pelo Banco Alimentar Contra a Fome é uma das atividades oferecidas pela paróquia.

“Agradeço tudo o que me dão”, diz Ana Viveiros, desempregada e beneficiária desta ajuda que se propôs colaborar neste serviço, como já acontece com Vítor Figueiredo, que também recebe alimentos e participa na sua distribuição.

Há 32 voluntários envolvidos na divisão e entrega de comida que chega a 123 famílias, entre as quais se encontram pessoas que nunca pensaram recorrer a um banco alimentar.

A recolha de refeições confecionadas em restaurantes e pastelarias e a entrega a 15 famílias é outro das ações realizadas pelo Centro Social Paroquial.

“São uns anjos que nos ajudam todas as noites”, sublinhou Marta Conceição, uma das pessoas auxiliadas pela solidariedade dos estabelecimentos comerciais e da Igreja Católica.

Ao longo desta semana o Programa ECCLESIA apresenta um conjunto de contributos para a refundação do Estado Social, depois de o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter afirmado no final de outubro que se impunha uma reforma estrutural do setor público, devido aos cortes que estavam a ser feitos para reduzir o défice.

Responsáveis pela ação social da Igreja Católica e da sociedade civil vão debater esta temática de 23 a 25 de novembro, no Porto, durante a Semana Social que tem como tema “Estado Social e Sociedade Solidária”.

As semanas sociais são promovidas de três em três anos pela Conferência Episcopal Portuguesa, com a coordenação de um grupo presidido por Guilherme d’Oliveira Martins e composto, entre outros, por Alfredo Bruto da Costa, Eugénio Fonseca, padre José Manuel Pereira de Almeida e Joaquim Azevedo.

70X7 / JCP / RJM

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