Procissão volta às ruas da capital portuguesa, numa tradição que remonta ao século XVI
Foto: Presidência da República
Lisboa, 05 mai 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa assinalou hoje o Dia da Nossa Senhora da Saúde, presidindo à Missa na Igreja de São Domingos, onde evocou as vítimas da guerra e de atentados contra a dignidade humana.
“Maria Santíssima, a cidadela onde encontramos abrigo seguro, defende-nos de tudo o que atente contra a nossa vida e dignidade de seres humanos”, pediu D. Rui Valério, também administrador apostólico das Forças Armadas e das Forças de Segurança, na homilia da celebração.
“Permanece junto de nós para que não nos sintamos órfãos e abandonados. Entregue a si mesma, a humanidade tem dificuldade em derrotar as forças ameaçadoras e destrutivas, como a guerra que atualmente devasta tantos irmãos na Ucrânia, no Médio Oriente e noutras geografias do mundo”, acrescentou, numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA.
O responsável católico convidou os participantes a manifestar a sua “gratidão” a todas as mães, neste seu dia.
“Para Maria, que, no amor, cooperou na nossa regeneração à vida divina, e que aqui celebramos como Senhora da Saúde; e para as nossas mães queridas que, amorosamente, nos geraram à vida humana”, indicou.
O patriarca de Lisboa sublinhou a “aliança entre Nossa Senhora e a salvação da vida da humanidade e das pessoas”, perante “tantos perigos”, como doenças ou as “tentações da desilusão, da indiferença, da superficialidade, do materialismo”.
E como em 1570 viestes em socorro da amada cidade de Lisboa para a salvar da Peste dizimadora, em sinal de atenta escuta às preces dos Artilheiros, e, em 1917, visitastes Portugal quando esta terra a Vós consagrada era flagelada pela peste da guerra e do desespero, hoje vos rogamos, Nossa Senhora da Saúde, que intercedais por nós junto de Cristo Senhor”.
A procissão de Nossa Senhora da Saúde vai percorrer as ruas de Lisboa, na tarde deste domingo, Organizada pela Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde e São Sebastião, em Lisboa,
Com a participação de milhares de pessoas, o percurso da procissão mais antiga de Lisboa, remontando ao século XVI, parte da Praça do Martim Moniz, passando pela Mouraria, Avenida Almirante Reis, Praça da Figueira e Capela de Nossa Senhora da Saúde.
Também conhecida como ‘Procissão dos Artilheiros’, a procissão em honra de Nossa Senhora da Saúde é apresentada como um momento único na vida religiosa da capital, com as janelas e varandas engalanadas de colchas.
OC