Sínodo: É preciso «dar alento a quem continua a lutar pela família»

Diz bispo de São Tomé e Príncipe para quem o problema está numa sociedade marcada pela «fragilidade dos compromissos»

Cidade do Vaticano, 17 out 2015 (Ecclesia) – O bispo de São Tomé e Príncipe espera que o Sínodo dos Bispos, que está em marcha no Vaticano, não fique apenas centrado na questão dos “recasados e divorciados”, que são fruto da “crise que a família vive”.  

“Infelizmente este Sínodo acabou por ser muito centrado em problemas que existem, não há dúvida, mas que são apenas um aspeto da questão. Há questões mais profundas ligadas à família, mais fundamentais”, frisou D. Manuel António dos Santos, numa entrevista veiculada hoje pela Rádio Vaticano.

Para o prelado lusófono, do Sínodo dos Bispos em Roma tem de sair “uma palavra da Igreja acerca do valor e do ideal da Família”.

“Também uma palavra de acolhimento para todos os que têm os seus problemas, as suas dificuldades, como são de facto as pessoas divorciadas e tudo o mais, mas que sobretudo se saliente o valor da família como instituição fundamental para a nossa sociedade, se dê alento àqueles que continuam a lutar pela família, a acreditar que afinal o amor entre o homem e a mulher no matrimónio é possível”, sustentou.

D. Manuel António dos Santos realça ainda a importância do Sínodo ir à raiz do problema, contribuindo para a mudança de uma sociedade e uma cultura muito marcadas pelo “usar e deitar fora”, pela “fragilidade dos compromissos”, pelos “afetos vividos apenas no presente”.

Fenómenos que são transversais e que também sempre “estiveram muito presentes em São Tomé e Príncipe, hoje mais do que nunca”.

“Em São Tomé, encontrarmos famílias bem constituídas, em que o homem e a mulher se amparam mutuamente ao longo da vida, com os seus filhos, é quase um milagre”, salientou.

JCP

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