Setúbal: Bispo convida diocese a «recomeçar como Igreja unida e aberta, solidária e missionária» e lembra que «na partilha não há distância»

«Pela responsabilidade das nossas atitudes, conseguiremos que as nossas celebrações se façam com paz, alegria e segurança» – D. José Ornelas

Setúbal, 29 mai 2020 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal divulgou hoje uma Nota Pastoral para ser lida nas Eucaristias deste fim de semana, no recomeço das celebrações comunitárias, e afirma que o “retorno” às igrejas deve ser a recriação da “Igreja Unida e Aberta, Solidária, Missionária”.

“Este domingo não deve significar apenas o retorno ao que sempre foi. Deve ser o acolhimento do Espírito que nos recria como Igreja Unida e Aberta, Solidária, Missionária”, escreve D. José Ornelas na nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.

O bispo de Setúbal explica que uma “Igreja unida e aberta” reúne os seus filhos e filhas “onde quer que se encontrem” e se desde 13 de março tomaram “maior consciência da importância das celebrações nas igrejas” foi também experimentada “a vitalidade da Igreja nas famílias e grupos de oração e ação, através das redes de comunicação”, por isso, querem “manter a vitalidade criativa e complementar” dos meios digitais.

D. José Ornelas informa que este ano “não é possível realizar a habitual procissão diocesana com o Santíssimo Sacramento” na solenidade do Corpo e Sangue do Senhor e convida “todas as paróquias” a organizarem uma “jornada de celebração e adoração”, no dia 11 de junho.

O bispo de Setúbal afirma que “depois de mais de dois meses” da suspensão da celebração da Eucaristia nas igrejas com presença de fiéis, por cauda do coronavírus Covid-19, vão “poder celebrar juntos os sacramentos fundamentais da fé”, certamente, com “respeito pelas normas” divulgadas pela diocese e pela Conferência Episcopal, segundo as orientações das autoridades de saúde.

“Pela responsabilidade das nossas atitudes, conseguiremos que as nossas celebrações se façam com paz, alegria e segurança”, acrescenta.

D. José Ornelas assinala que a Eucaristia leva “a ser uma Igreja Solidária”, disponível para “partilhar os dons recebidos de Deus” na comunidade e para dar “especial atenção aos que mais precisam”, e alerta para a situação de “muitíssimas famílias em situação de grande dificuldade” por causa da pandemia.

“As nossas igrejas devem abrir-se para acolher o Senhor que se partilha no pão da Eucaristia, mas igualmente para acolher os que mais precisam e partilhar com eles o pão do alimento e da vida de todos os dias”, acrescenta, assinalando que “na partilha não há distância, apesar do afastamento profilático” no contexto da campanha de solidariedade diocesana que a Cáritas de Setúbal vai coordenar.

O bispo de Setúbal já tinha apelado ao dom da partilha solidária nas orientações para o regresso da celebração da Eucaristia com a presença física de fiéis, publicadas a 16 de maio.

Na nota pastoral ‘recomeçar como Igreja unida e aberta, solidária e missionária’, o bispo de Setúbal refere que a Igreja “tem sempre as portas abertas para acolher e reunir os irmãos” e para “sair e enviar os seus membros em missão”.

CB/PR

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