Santarém: Saúde pública e proteção do património são preocupações interligadas na reabertura do Museu Diocesano e da Catedral (c/fotos)

Eva Neves, da comissão local para os Bens Culturais da Igreja, aponta esforços desenvolvidos para promover regresso em segurança

Santarém, 30 mai 2020 (Ecclesia) – Eva Neves, da Comissão dos Bens Culturais da Igreja, em Santarém, guiou a Agência ECCLESIA no Museu e Catedral da diocese, numa reabertura ao público que teve como preocupação o cumprimento de todas as “normas de segurança” e o respeito pelo património

“As nossas igrejas não são museus, mas muitas guardam mais património histórico e artístico ao serviço da Igreja do que alguns museus”, observa a conservadora.

Em declarações à Agência ECCLESIA, a especialista assinala que o Museu Diocesano de Santarém “tem o privilégio de permitir circulação pela Catedral”, dois espaços que se associam.

“A nossa primeira preocupação foi o encerramento, a 13 de março, para proteção dos visitantes e todos os que trabalham neste espaço”, assinalou Eva Neves sobre a ação preventiva para evitar a propagação do novo coronavírus.

Já a Catedral vai cumprir as normas que são recomendadas para todas as igrejas e que “se baseiam sempre na distância entre os indivíduos, desinfeção das mãos, uso obrigatório de máscara”.

“Depois para conseguirmos esse distanciamento os bancos vão estar intercalados, vão ser usados bancos sim, banco não, e os lugares estarão marcados garantido, de facto, esta distância entre pessoas que não habitam na mesma casa”, realçou, adiantando que os grupos maiores ou uma família vão ter “um grupo da comunidade – voluntários, escuteiros”, que nas celebrações vão organizar a distribuição das pessoas para “garantir que se cumprem as normas”.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) publicou a 8 de maio orientações para a celebração do culto público católico no contexto da pandemia de Covid-19, com normas para higienizar os espaços e as pessoas e celebrar os vários sacramentos.

“As três portas da fachada principal vão estar abertas, a circulação há de ser feita com ordem, há um circuito definido entre entrada e saída para impedir que haja cruzamento de pessoas”, acrescentou Eva Neves, referindo que vão disponibilizar “gel à entrada, para utilizar à chegada e saída também do espaço”, os bancos vão ser higienizados e “cada um vai ter a sua responsabilidade individual de não tocar nas superfícies se não for necessário”.

A Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja de Santarém lançou um guia com orientações para a higienização dos espaços litúrgicos, e a entrevistada salienta que o documento foi publicado “neste contexto da pandemia, mas é valido permanente”, são regras de conservação preventiva que estão “ao alcance de todos”.

“O objetivo principal é a garantia da saúde pública, mas depois a consciência que estes locais não permitem o uso generalizado da lixivia ou álcool”, alertou, explicando que as peças ou os pavimentos que permitem lavagens “devem ser higienizados com mais frequência, mas com materiais que não causem danos”.

Eva Neves
Foto: Agência ECCLESIA/HM

Eva Neves realça ainda que para casos confirmados de Covid-19 num espaço de uma igreja “entrará outro nível de cuidado e de gestão com as autoridades de saúde locais” e articulado para perceber o que é possível fazer tendo em conta o património.

“Fomos preparando a reabertura e definindo o que são as normas básicas, o uso obrigatório de máscara dentro do espaço, desinfeção das mãos à entrada e saída, limitamos a presença de cinco pessoas por cada sala e não estamos a receber grupos em visitas guiadas”, refere a especialista, que integra a Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja de Santarém.

A reportagem nestes locais faz parte da próxima emissão do programa ‘70X7’, este domingo (07h30 RTP2),

HM/CB/OC

Covid-19: Um guia contra a «febre da lixívia» na reabertura das Igrejas, para salvaguarda do património

 

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