Beja: Diocese e paróquias estão a implementar normas da Conferência Episcopal nas igrejas, capelas e lugares

Padre Manuel Pato explica que os fiéis têm «um lado misto de ansiedade de voltar mas também de medo»

Beja, 30 mai 2020 (Ecclesia) – O pároco de Odemira e São Luís, na Diocese de Beja, disse que a Igreja Católica no baixo-alentejo está a seguir as normas da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) para o regresso das celebrações comunitárias com fiéis, a partir deste sábado.

“Pelo conhecimento das minhas paróquias, a nível de arciprestado e diocese está tudo, senão preparado, quase tudo com a sinalética, com a implementação das medidas de higiene, gel, as medições da segurança a conservar, a distância entre os lugares, multiplicando naturalmente o número de Missas para que possamos chegar a todos ou ao número máximo de pessoas”, explicou o padre Manuel Pato.

Em declarações à Agência ECCLESIA, padre Manuel Pato adianta que o bispo diocesano, D. João Marcos, “tem escrito e contactado” os párocos e todos têm feito esse esforço que “ninguém descuide essa situação seguindo muito” as orientações da CEP.

“Na Sé retomam também este sábado as celebrações, com vigília de Pentecostes, com número limitado de pessoas, apenas tem a capacidade para cerca de 60 pessoas”, acrescentou o padre Manuel Pato, destacando que vão continuar a apostar nas transmissões online das celebrações “para chegar a muita gente”.

O sacerdote, membro dos Conselhos Presbiteral e Pastoral de Beja, explica que as igrejas na diocese “apesar de serem grandes” com as restrições nas entradas de fiéis “acabam por ser lugares pequenos para acolher os paroquianos”.

“As pessoas de modo geral estão a desejar que reabra tudo em termos do culto, e não só a celebração da Eucaristia. O que vou sentindo, quer do falo com colegas é esse grande desejo mas também um grande receio, um misto de ansiedade de voltar mas de medo, pelo menos no princípio”, referiu o padre Manuel Pato.

O pároco de Odemira – Santíssimo Salvador e Santa Maria – e de São Luís, do Arciprestado de Odemira, contextualizou que com a pandemia do coronavírus Covid-19 “a confiança das pessoas ficou bastante abalada” pelo que foram vendo noutros países, porque “graças a Deus” na Diocese de Beja não tiveram “muitos casos” positivos ou “muitos focos” de infeção “tirando Moura onde houve um surto maior” e os números que foram “muitos pequenos tiveram acompanhamento das autoridades e da Igreja”.

O padre Manuel Pato adianta que nas suas paróquias alargou os horários e aumentou o número das Eucaristias, por exemplo, aos domingos em São Luís e em Odemira há Missas de manhã, respetivamente às 10h30 e às 12h00, e à tarde porque “é a única solução pela dimensão das igrejas e o número que comporta de pessoas”, enquanto as vespertinas (sábado) são nas comunidades em zonas mais rurais, “os montes”.

Sobre a celebração de Missas campais, o pároco de Odemira – Santíssimo Salvador e Santa Maria – e de São Luís adianta que podem ser uma solução para as “festas, que não se vão realizar, esporadicamente dando nova dimensão ao momento da festa, num espaço aberto, mais abrangente”, mas com regularidade “é muito difícil”.

No dia 8 de maio, a Conferência Episcopal Portuguesa publicou orientações para a celebração do culto público católico no contexto da pandemia covid-19, com normas para higienizar os espaços e as pessoas e celebrar os vários sacramentos sem o contacto físico, a partir deste sábado, véspera da Solenidade de Pentecostes.

CB

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