D. Manuel Pelino Domingues marcou «Dia de São José» com críticas ao aborto, ao divórcio e à união entre pessoas do mesmo sexo
Santarém, 20 mar 2012 (Ecclesia) – O bispo de Santarém incentivou esta segunda-feira os cristãos a lutarem pela estabilidade e fecundidade da família, durante a celebração da solenidade de São José, padroeiro da cidade e “protetor” dos lares.
Numa homilia enviada à Agência ECCLESIA, D. Manuel Pelino Domingues referiu que a sociedade atual “atravessa uma situação trágica” em termos demográficos, espirituais e morais, muito por culpa de “graves mentiras culturais que apresentam os divórcios, os abortos, as uniões entre pessoas do mesmo sexo como caminhos de progresso e liberdade”.
Para o prelado, “os frutos destas propostas são, pelo contrário, sinais de decadência da civilização”, uma conjuntura que deve ser contrariada através da afirmação da herança cristã, assente no exemplo de São José, que se tornou “guia da Igreja como o foi de Jesus e de Maria”.
“Nestes tempos de pobreza de referências morais, é salutar conservar a memória de São José, pedir a sua proteção, e meditar no seu exemplo”, apontou o bispo escalabitano, classificando o “descendente de David” como um modelo para “todos os pais que amam e orientam os seus filhos no caminho da vida”.
Salientando que “uma criança sem a figura do pai, ou traída pelo pai, torna-se insegura, desestruturada, indisciplinada, caprichosa”, D. Manuel Pelino Domingues elegeu ainda o “amor” e o “sacrifício” como duas das principais qualidades que devem nortear a relação familiar.
Segundo a tradição cristã, a devoção a São José, “pai adotivo do Filho de Deus”, teve início entre as comunidades cristãs do Egito.
No Ocidente, o culto ao santo foi implementado pelos servitas, membros de uma ordem mendicante do século XIV, que começaram a festejar o dia 19 de março como data da sua morte.
A celebração, que ganhou defensores como o Papa Sisto IV e a mística espanhola Santa Teresa de Jesus, foi reforçada em 1870, quando o Papa Pio IX declarou São José como patrono da Igreja universal.
JCP/OC