Igreja/Portugal: Novo rumo com os jovens

Situação concreta tem de ser tida em conta para apresentar mensagem que «vale a pena»

Lisboa, 20 mar 2012 (Ecclesia) – A Igreja Católica em Portugal quer dar um novo rumo à relação com os mais jovens, com prioridade à “experiencia vivida”, oferecendo uma proposta de fé “concreta” e “permanente”.

A posição é assumida pelo diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), padre Eduardo Novo, em texto hoje publicado no semanário Agência ECCLESIA.

“A Pastoral Juvenil está ao serviço da vida e da esperança, em favor dos jovens, anunciando Jesus Cristo e fazendo crer que os jovens são bem-vindos e que Cristo e a Igreja contam com eles e precisam deles”, assinala.

Num dossier dedicado à realidade juvenil na Igreja Católica, o bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, destaca a necessidade de “apresentar Jesus Cristo como alguém que vale a pena e dá sentido e respostas, abrindo a uma relação em caminho de fé”.

Elogiando a experiência de sucesso feita nas Jornadas Mundiais da Juventude, lançadas por João Paulo II há mais de 25 anos, este responsável da Comissão Episcopal que acompanha o DNPJ diz que “importa que haja outros momentos, lugares, circunstâncias e oportunidades onde a relação de fé com a Pessoa de Jesus Cristo se torne positiva, festiva, empenhativa, continuada, a valer a pena e a merecer atenção e atração”.

“Os jovens procuram, mesmo que o não manifestem, uma experiência forte de relação que lhes transmita alegria, esperança, confiança, aventura e paz”, assinala.

Pedro Salgueiro, do Instituto Padre António Vieira, relata a sua experiência no projeto ‘Histórias do futuro’, dedicado a jovens desempregados, e pergunta: “Como viver a fé e crescer na fé nestes tempos que são os nossos?”.

“Aproxima-se um Ano da Fé [entre outubro de 2012 e novembro de 2013] e acreditar tem de ter a ver com tudo na vida. A partir de outubro, o tema do emprego jovem vai continuar a estar muito presente”, sublinha.

O semanário Agência ECCLESIA apresenta ainda depoimento de alguns dos jovens do grupo ‘Focos de Esperança’, da Juventude Blasiana, na paróquia da Penha de França, em Lisboa.

Elisabete Puga, de 32 anos, veio de Ponte de Lima para apostar na revitalização da pastoral juvenil nesta comunidade e diz que “os jovens podem pertencer a um movimento, mas sem os tirarmos da Igreja local”.

João Rodrigues, de 18 anos, futuro engenheiro informático, explica que a sua participação em Igreja lhe permite confrontar-se com os seus defeitos e lamenta o “desconhecimento” sobre a proposta católica.

“Na realidade, os que criticam não conhecem a realidade das coisas, nunca leram a Bíblia e não sabem do que falam”, observa.

Carolina Rodrigues, estudante de enfermagem não tem dúvidas ao afirmar que só quem não experimentou encontros juvenis diocesanos, como ela, pode dizer que a Igreja não tem respostas para os jovens.

Aos 18 anos acredita haver forma de “tornar as atividades mais apelativas, falando de coisas sérias”.

A relação da Igreja Católica com a juventude estará em análise no programa Ecclesia da Antena 1 e no programa ‘70×7’ (RTP2) emitidos no Dia Mundial da Juventude, este ano assinalado a nível diocesano, a 1 de abril.

PRE/LS/OC

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