Quaresma: Bispo do Porto aponta a «40 dias favoráveis a um percurso espiritual»

“O deserto, o caminho e a cruz” são símbolos que devem estar presentes neste período temporal

Porto, 25 Fev 2022 (Ecclesia) – O Bispo do Porto, juntamente com os bispos auxiliares, escreveu uma mensagem para a Quaresma de 2022 e aponta que aquele período temporal é propício a “um percurso espiritual”.

“São 40 dias favoráveis a um percurso espiritual com consequências concretas e visíveis nas práticas cristãs da oração, do jejum e da esmola”, lê-se na mensagem da Quaresma que é assinada por D. Manuel Linda, D. Pio Alves, D. Armando Domingues e D. Vitorino Soares.

Na nota da Quaresma, com o título «O Tempo Favorável Da Escuta», enviada à Agência ECCLESIA realça-se que este tempo quaresmal é “duplamente favorável: decorre em pleno tempo de escuta sinodal na nossa diocese”.

“É uma fase de preparação do sínodo, rica e envolvente, em que tudo inicia na necessidade de uma escuta renovada de Deus e dos irmãos, que ilumine, incentive e dê esperança no futuro”, lê-se no documento.

Os bispos escrevem que existem “três símbolos expressivos” para se viver a experiência sinodal em tempo de Quaresma: “o deserto, o caminho e a cruz”.

Em relação ao “deserto”, a nota sublinha que a escuta sinodal tem em vista “o discernimento que é palavra-chave em todo o processo e a razão de toda a escuta”.

“O deserto lembra esta oportunidade para nos deixarmos penetrar pelo Espírito de Deus, como indivíduos”.

No símbolo do “caminho”, os signatários da mensagem referem “que bela esta Igreja que se abre, que vai ao encontro, que se faz próxima, que ganha a confiança de quem a olha com desconfiança, que não se preocupa com os números, mas com as pessoas”.

“Fica a sugestão para uma penitência quaresmal coletiva: constituir ou participar num grupo de escuta sinodal, com as pessoas da família, mas também de grupo paroquial, de associação, escola ou outro, não para pedir opiniões, mas para fazer experiência da graça própria deste estilo sinodal”.

O último símbolo, “a cruz”, é enriquecido com as imagens que chegam da peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude que percorrem as dioceses do país e que chegam à Diocese do Porto em outubro.

“Ali, vimos sobretudo jovens centrados no Amor radical de que Jesus é modelo; jovens que mostram à Igreja a pressa do amor que une a todos numa única fraternidade; jovens que não querem ir à frente nem atrás dos mais velhos ou mais novos, de padres ou bispos, de leigos muito crentes ou homens descrentes, mas querem seguir juntos”, escreveram

“São imagem da Igreja peregrina, não acomodada e envelhecida”, acrescenta a nota.

LFS

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