Portugal: Fundação Ajuda à Igreja que Sofre apela à solidariedade com a «Igreja Católica em Moçambique»

«Graças aos benfeitores da Fundação AIS podemos ajudar a Igreja a ser sinal concreto de amor» – Catarina Martins de Bettencourt

Foto: Fundação AIS

Lisboa, 25 fev 2022 (Ecclesia) – O secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apela “a todos os seus benfeitores e amigos” para auxiliarem a Igreja Católica em Moçambique que “continua a lidar, todos os dias, com milhares de refugiados”.

“Graças aos benfeitores da Fundação AIS podemos ajudar a Igreja a ser sinal concreto de amor junto das populações mais necessitadas, dos que vivem em enorme sofrimento”, assinala a diretora da fundação pontifícia em Portugal.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, Catarina Martins de Bettencourt explica que a AIS está em Moçambique a apoiar catequistas, padres, irmãs e bispos que “têm sido, tantas vezes, a única voz amiga, a única presença, o único apoio de centenas e centenas de pessoas” que “ficaram sem nada e estão ainda traumatizadas”, por causa dos ataques terroristas.

“Se não fosse a presença da Igreja, que nós procuramos ajudar de forma muito ativa, o que seria de todas essas pessoas, o que seria de todas essas famílias?”, questiona.

‘Moçambique conta consigo, vamos ajudar?’, é o apelo que a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre dirige a todos os seus benfeitores e amigos, “a todos os portugueses genuinamente preocupados com o povo irmão de Moçambique”.

O secretariado português da AIS conta que recebe “constantes pedidos de ajuda” de bispos, sacerdotes e religiosas em missão em Moçambique, onde a violência terrorista por parte de grupos armados, especialmente na província de Cabo Delgado, no norte do país lusófono, já provocou “cerca de três mil mortos e mais de 850 mil deslocados”, desde outubro de 2017.

A Igreja Católica em Moçambique continua a apoiar, todos os dias, “milhares de refugiados, pessoas que fugiram dos ataques terroristas” e que ficaram “na mais absoluta pobreza”.

Esta quinta-feira, por exemplo, a AIS alertou para ataques nos últimos dias em aldeias na região de Nangade, perto da fronteira com a Tanzânia, “com mais de uma dezena de mortos”.

A Fundação AIS, para consciencializar os seus benfeitores e amigos para a “urgência da ajuda material” para com Moçambique, publicou uma revista dedicada a este país africano, com histórias que testemunham a importância do trabalho da Igreja junto das populações deslocadas pela violência, mas também de todos os que vivem em grande pobreza e necessidade.

“O sofrimento fez com que Cabo Delgado ficasse mais próximo do mundo. O grande desafio que se coloca à diocese é ajudarmos este povo que está a viver este grande sofrimento, para poder olhar para o futuro com esperança”, explica D. António Juliasse, administrador apostólico de Pemba.

CB

 

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