Portugal: «Missão espiritana» cada vez mais solicitada

Contexto difícil das dioceses mais a diminuição do número de missionários vai levar congregação a pontenciar trabalho dos leigos

Lisboa, 23 mai 2012 (Ecclesia) – A Província Portuguesa dos Missionários do Espírito Santo quer reforçar nos próximos anos os laços de comunhão e partilha de responsabilidades com os leigos, no sentido de corresponder ao contexto difícil que o país atravessa.

Em entrevista ao programa ECCLESIA, na RTP2, o provincial da congregação religiosa, padre Tony Neves, sublinha que “a missão espiritana”, que se concretiza sobretudo junto dos mais pobres e desfavorecidos, está a ser cada vez mais solicitada.

À Província já chegaram, nos últimos meses, comunicações de diversos “bispos”, manifestando a necessidade de uma comunidade espiritana na diocese.

Por outro lado, as dificuldades de alguns pontos do país onde a congregação está representada já correspondem, nesta altura, a “desafios tão grandes como aqueles que se põem na Amazónia ou no coração de uma Angola que acabou de ter uma guerra civil terrível”, salienta o sacerdote.

O volume das solicitações, mais a diminuição do número de missionários portugueses, comprovada através de um inquérito apresentado no dia 15 de maio pela Obra Missionária Pontifícia, vai levar os missionários espiritanos a apostarem decididamente no trabalho dos leigos.

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“Ter menos gente não é um pânico, é um desafio” que “abre espaço aos leigos para atuar”, sustenta o padre Tony Neves, que assumiu a coordenação nacional do trabalho da congregação no último mês de abril.

Já com “um conjunto muito vasto de movimentos e dinamismos” laicais, espalhados por todo o país, como por exemplo os “Jovens Sem Fronteiras” ou a “Liga Intensificadora da Ação Missionária”, que está a celebrar 75 anos de existência, interessa agora potenciar “as enormes riquezas que todos têm, dando-lhes estrutura e capacidade de interação”, conclui o mesmo responsável.

PTE/JCP

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