Porto: D. Manuel Linda desafia jovens a serem «influencers» e «construtores de um mundo novo»

Celebração reuniu no Parque da Cidade milhares de jovens, de 61 nacionalidades, inscritos nos «Dias na Diocese»

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Porto, 29 jul 2023 (Ecclesia) – O bispo do Porto pediu hoje aos mais de 25 mil jovens, que se juntaram no Parque da Cidade para encerrar os Dias na Diocese (DND), que sejam “influencers”, “sonhadores” e “construtores de um mundo novo”.

“Amigos, chegamos aqui de diferentes nações, culturas, geografias e condições, para cumprirmos a profecia de Isaías (de que falava a primeira leitura) e juntos sonharmos o sonho de Deus, a construção de um mundo novo. Vamos a isso? Não fomos nós que escolhemos a fé. Foi Deus que nos escolheu a nós. E isso é desafiante!”, incitou D. Manuel Linda, na celebração que encerra os DND, na diocese do Porto.

“Viemos aqui para, simultaneamente, fazermos juntos a experiência das diferenças e da unidade. Que beleza, se as soubermos usar e partilhar para nos aproximarmos uns dos outros e sentirmos que em Jesus somos um só, porque temos connosco o mesmo Senhor e Pastor”, acrescentou ainda.

A diocese do Porto recebeu peregrinos de 61 nacionalidades, que quiseram viver os Dias nas Dioceses naquela geografia, com atividades culturais, sociais, gastronómicas e espirituais como preparação para a JMJ Lisboa 2023, que se vai realizar entre os dias 1 e 6 de agosto.

“Partiremos daqui com a missão de irmos ao encontro de todos. Não só de alguns, mas de todos! Foi assim que Jesus no-lo disse no-lo ensinou. Não com leis e preceitos. Mas com o exemplo de um coração acolhedor, amigo, misericordioso, abraçador da totalidade da vida e da história”, sublinhou.

D. Manuel Linda pediu aos jovens que possam ser “influencers” e que quando regressarem às suas “terras e pátrias” possam dar conta de “um país simpático e acolhedor, de nome Portugal”.

“E contai a todos o que aqui aconteceu, como Jesus o fez. Sede contadores da história destas Jornadas. E de parábolas para o tempo de hoje. Tal como as de Jesus”, pediu.

O bispo do Porto quis ainda apresentar, como modelo de vida, a Patrona da Diocese, a Irmã Maria do Divino Coração, de seu nome Maria Anna Johanna Franziska Theresia Antonia Huberta Droste zu Vischering.

O responsável recordou que a religiosa, tendo nascido “em berço de ouro”, quis que “todos se dessem conta do amor de Deus”.

“Esta senhora poder-se-ia ter afogado no materialismo. Tinha muito para disfrutar. Não obstante, desde bem novinha, nunca a matéria ofuscou a ânsia do espiritual. Ligou-se a uma família religiosa cuja atividade mais marcante era a reintegração na sociedade das mulheres e crianças vítimas de maus-tratos, violência e pobreza. Não se limitou, portanto, a criticar o mundo: empenhou-se nele! Como diria o Papa Francisco, não ficou na janela a ver passar o cortejo da miséria social, mas desceu à rua para se inserir nele e dar a mão a muitos”, sugeriu.

D. Manuel Linda convidou ainda, a partir do exemplo da patrona da diocese, a que os jovens contestem “hábitos instalados” e ponham “metas elevadas” fazendo “barulho”, como pede o Papa Francisco.

LS

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