Papa pede fim das bombas de fragmentação

Bento XVI pediu este Domingo em Génova a adopção de uma convenção internacional que proíba a utilização de bombas de fragmentação, antecipando a conferência diplomática sobre esse tema em Dublin. As bombas de fragmentação contêm um dispositivo que, ao abrir-se, liberta um grande número de pequenas bombas, que permanecem nos locais atingidos durante anos, podendo explodir a qualquer momento. A Santa Sé tem-se manifestado contra a sua utilização junto de várias instâncias internacionais. “Desejo que, graças à responsabilidade de todos os participantes, cheguemos a um instrumento internacional forte e credível” declarou o Papa durante a oração do Angelus. “É necessário remediar os erros do passado e evitar que se repitam no futuro”, disse Bento XVI, que rezou pelas vítimas das bombas e suas famílias, destacando que algumas delas irão participar da conferência de Dublin. Em Fevereiro de 2007, 46 países comprometeram-se na Conferência Internacional de Oslo a impulsionar este ano a proibição mundial do uso, venda e produção de bombas de frgamentação. Contudo, abstiveram-se de assinar a declaração final: Japão, Polónia e Roménia, não tendo participado do encontro grandes potências mundiais como Rússia, China e Estados Unidos da América. O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas estima que as bombas de fragmentação sejam responsáveis por mais de 13 mil feridos e mortos em todo o Mundo, a grande maioria dos quais no Laos, Vietname, Afeganistão, Iraque e Líbano.

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