Papa: Oito minutos especiais que marcaram o primeiro contacto com Fátima

Bispos destacam momento de oração «impressionante» com Francisco no Santuário

Fátima, 12 mai 2017 (Ecclesia) – O responsável pelo setor das Comunicações Sociais, D. Pio Alves, e o futuro coordenador desta área, D. João Lavrador, destacaram no primeiro contacto do Papa Francisco com Fátima um momento de silêncio que disse muito a todos os portugueses.

“Aquele tempo de silêncio, acompanhado por aquela multidão é algo impressionante, a gente está habituado a que, quando noutros espaços se pede um minuto de silêncio as pessoas não aguentam e começam a bater palmas, aqui aproveitaram este silêncio para com o Santo Padre interiorizar a sua relação com a Santíssima Virgem”, salientou D. Pio Alves.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, que vai cessar funções em breve, realçou a “intensidade” da oração do Papa Francisco junto da imagem de Nossa Senhora de Fátima, depois de chegar à Capelinha das Aparições.

No total, foram cerca de oito minutos em que, no recinto, todos respeitaram a intenção de Francisco em rezar junto de Maria, algo que para o bispo auxiliar do Porto mostra também porque é que “estas pessoas se congregam aqui”, porque é que “uma multidão tão grande” ruma á Cova da Iria.

Na sua oração, o Papa argentino pediu uma Igreja Católica vestida de branco, em referência à Senhora de Branco, a Nossa Senhora de Fátima que há 100 anos se revelou a três crianças, aos três pastorinhos.

Uma referência que pode ser interpretado como um desafio a uma Igreja mais próxima do Evangelho, mais conforme com Cristo.

“O Papa com certeza que tem razões muito mais ponderosas para olhar para o mundo no seu todo e certamente que pôs aos pés da Santíssima Virgem o que tem que ver com a paz no mundo, o que tem que ver com o entendimento das nações, e também com aquilo que é a vitalidade da Igreja”, completou D. Pio Alves.

A viver todos estes momentos da chegada do Papa Francisco ao Santuário teve também D. João Lavrador, bispo de Angra (Açores) e que vai suceder em breve a D. Pio Alves á frente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

“É sempre um momento único, em primeiro lugar na linha da fé, porque sobretudo a nós bispos nos une de uma maneira única àquele que é o sucessor de Pedro e que preside à comunhão das Igrejas”, disse o prelado, que classificou o primeiro encontro do Papa argentino com os peregrinos em Fátima como “uma comunhão muito viva, muito expressiva e muito próxima”.

Um dos momentos que o bispo de Angra guardou, além do “espírito de oração” e “interioridade” do Papa, foi a sua “presença junto da imagem de Nossa Senhora” e a forma como a quis tocar.

“É típico do nosso Papa, querer tocar. Por isso ele toca na imagem várias vezes, como que a mostrar o sentido da busca da ternura de Nossa Senhora”, apontou D. João Lavrador, que realçou também a mensagem de “paz” e “reconciliação” que deixou.

 Algo que “é realmente central na mensagem de Fátima e que é também muito caraterístico da forma como este Papa quer nortear o seu pontificado”, completou.

JCP

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